COP30

Brasil precisa inverter lógica e incentivar que consumidor puxe a oferta de novas energias, diz Braskem

Gustavo Checcucci diz que, historicamente, políticas públicas têm incentivado o lado da oferta de energia, sem necessariamente casá-la com a demanda

Conteúdo Especial

O Brasil precisa repensar a lógica de suas políticas públicas para incentivar que o consumidor possa “puxar a oferta” de novas energias de baixo carbono, defende o diretor de Energia e Descarbonização Industrial da Braskem, Gustavo Checcucci.

Em entrevista ao estúdio eixos na COP30, ele conta que, historicamente, as políticas tem incentivado o lado da oferta de energia, sem necessariamente casá-la com a demanda. Assista na íntegra acima.

“O Brasil precisa talvez mudar um pouco essa lógica e começar a incentivar mais o uso do lado da demanda…. Ou seja, incentivar políticas públicas que façam com que a gente passe a puxar e consumir mais essa energia”, comentou.

Ele cita o curtailment (cortes de geração) como reflexo de uma sobreoferta de energia “que não está atrelada a uma demanda”. 

A entrevista foi ao ar no programa diálogos da transição COP30 de sexta (14/11). Assista na íntegra.

Apresentado por Mariana Procópio, o programa traz os principais destaques do dia da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025, realizada em Belém (PA). Inscreva-se no canal da agência eixos no Youtube, ative as notificações e fique por dentro de todos os conteúdos.

Principais assuntos tratados pelo diretor da Braskem

  • Foco da COP: expectativa de avanço na transição energética, com renováveis elétricas e combustíveis como SAF, biometano e biomassa.
  • Demanda industrial: combustíveis renováveis atendem necessidades da Braskem, reforçando competitividade e confiabilidade.
  • Redução de emissões: empresa avança na meta de corte de 15% até 2030, com 1,1 milhão de toneladas já entregues ou em entrega.
  • Cultura de carbono: programa interno gera 500 mil toneladas em ganhos de eficiência.
  • Projetos estruturantes: investimentos desde 2020 em descarbonização somam R$ 4 bilhões, majoritariamente com parceiros.
  • Eletrificação: projeto no ABC Paulista elevou eficiência da turbinas a 92% e cortou 100 mil t/ano de carbono.
  • Biomassa: parceria em Alagoas substitui gás por vapor de eucalipto, reduzindo 150 mil t/ano de CO2.
  • Gás competitivo: abertura do mercado traz gás mais barato, permitindo substituir insumos mais poluentes.
  • Química renovável: Braskem expande portfólio I’m green bio-based, como polietileno e polipropileno de fontes renováveis.

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