BELO HORIZONTE — Um teste da Be8 com a Mercedes-Benz do Brasil concluiu que a utilização de biocombustível 100% emite cerca de 65% menos de CO2equivalente do que o diesel com 15% de biodiesel (B15). Os resultados foram divulgados nesta terça-feira (11/11).
No projeto, chamado de Rota Sustentável COP 30, as duas companhias testaram o impacto da substituição total do diesel fóssil pelo biocombustível Be8 BeVant nas emissões de gases de efeito estufa de dois ônibus e dois caminhões da montadora que foram de Passo Fundo (RS) a Belém (PA), cidade sede da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30).
“É importante ressaltar que o porcentual de redução de cerca de 65% nas emissões de CO2equivalente só não é maior porque o Brasil já utiliza B15 (15% de biodiesel) como combustível comercial”, disse o diretor de Comunicação e Relações Institucionais da Mercedes-Benz do Brasil, Luiz Carlos Moraes.
Segundo a Be8, a menor emissão se deve à produção a partir de fontes renováveis, como óleo de soja, que já absorveu CO2eq da atmosfera durante o seu cultivo. Desse modo, a emissão do veículo no teste foi praticamente compensada pelo que a planta retirou do ar antes de virar combustível.
“Os resultados são muito importantes: o desempenho foi semelhante em consumo e potência, com a diferença de que as emissões do Be8 BeVant são infinitamente menores. Isso confirma que o novo biocombustível representa uma solução imediata e acessível para as transportadoras de cargas e de pessoas no Brasil”, disse o presidente da Be8, Erasmo Carlos Battistella.
A indústria de caminhões, que num passado não muito distante demonstrou resistência aos aumentos de mistura do combustível renovável no diesel, tem adotado uma postura proativa em busca de soluções para mitigar seu impacto climático.
Exemplos disso são as recentes autorizações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para testes com biodiesel em adições muito superiores aos 15% obrigatórios hoje. Uma delas inclusive para a montadora alemã.
