Tensões globais

Petróleo fecha em alta com expectativa de fim do shutdown nos EUA e monitorando oferta

Investidores foram influenciados por expectativa de novos relatórios sobre oferta; Brent avançou 0,68%, a US$ 64,06 o barril

Donald Trump durante reunião bilateral com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, no Salão Oval da Casa Branca, em 13 de fevereiro de 2025 (Foto Oficial Casa Branca)
Donald Trump durante reunião com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, no Salão Oval, em 13 de fevereiro de 2025 (Foto Oficial Casa Branca)

O petróleo fechou em alta nesta segunda-feira (10/11), apoiado pelo otimismo em torno do avanço das negociações para encerrar o shutdown do governo dos Estados Unidos e pela expectativa de novos relatórios sobre oferta e demanda global.

Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para janeiro avançou 0,68% (US$ 0,43), a US$ 64,06 o barril, enquanto o petróleo WTI para dezembro, negociado na Nymex, fechou em alta de 0,64% (US$ 0,38), a US$ 60,13 o barril. 

Analistas avaliam que a possível reabertura do governo americano pode melhorar o sentimento nos mercados e sustentar a demanda no maior consumidor mundial de petróleo.

“As notícias de progresso nas negociações estão trazendo uma leve retomada do apetite por risco em ações e energia”, aponta a BOK Financial.

Ainda assim, parte do mercado vê limites para o rali.

A Ritterbusch and Associates nota que é difícil associar a reabertura do governo e possível melhora significativa da demanda, destacando que o aumento da produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) imprime “um tom cada vez mais baixista” ao balanço global de oferta.

Segundo o Swissquote, o WTI é sustentado por dados de inflação “encorajadores” da China, mas segue pressionado em uma tendência negativa de longo prazo desde o verão do Hemisfério Norte, influenciada pela estratégia da Opep de ampliar a oferta.

O cartel, que divulgará relatório mensal sobre o petróleo na quarta-feira (13/10), anunciou uma pausa nos aumentos de produção entre janeiro e março.

Investidores também aguardam relatório da Agência Internacional de Energia (AIE) e acompanham os fluxos de petróleo russo após novas sanções dos EUA, em meio a relatos de que o presidente Donald Trump concedeu à Hungria uma isenção de um ano para compras de energia russa.

Hoje, a Lukoil emitiu declaração de força maior no campo de West Qurna-2, no Iraque, após sanções ocidentais dificultarem suas operações.

Por Pedro Lima, com informações da Dow Jones Newswires

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