Queda no brent

Diretor financeiro da Petrobras diz que cotação do barril pode postergar projetos

Fernando Melgarejo também afirmou, em coletiva de imprensa, que a Petrobras não pretende aumentar participação na Braskem

Diretor financeiro e de Relacionamento com Investidores da Petrobras, Fernando Melgarejo, durante coletiva à imprensa sobre o PE 2050 e o PN 2025-2029 (Foto Guarim de Lorena/Agência Petrobras)
Diretor financeiro e de Relacionamento com Investidores da Petrobras, Fernando Melgarejo, durante coletiva (Foto Guarim de Lorena/Agência Petrobras)

BRASÍLIA — O diretor financeiro e de relações com investidores da Petrobras, Fernando Melgarejo, admitiu que a companhia pode postergar investimento a depender do cenário da cotação do barril de petróleo. As declarações foram dadas em coletiva de imprensa sobre os resultados do terceiro trimestre, realizada nesta sexta-feira (7/11)

Ele citou adiamentos feitos em projetos de Marlim Sul e Leste, Barracuda e Caratinga, que foram adiados, segundo Melgarejo, para encontrar uma melhor solução de investimento que maximize o resultado.

No mês de maio, auge dos efeitos do tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a diversos países, a presidente da estatal, Magda Chambriard, afirmou que não planejava cortar projetos e que o desenvolvimento dos investimentos levam em conta cenários desafiadores, com simulações de operações dando lucro mesmo com o brent a US$ 45.

“Nossos projetos são robustos, resilientes, de forma que o patamar de US$ 65 [o barril do petróleo] nos obriga a reduzir custos, impõe desafios, mas que de forma nenhuma nos levariam à postergação de projetos”, disse à época.

Resultados do trimestre

Impulsionada pelo crescimento da produção de óleo e gás, que atingiu 3,14 milhões de barris de petróleo equivalente no terceiro trimestre, a companhia teve um lucro líquido 23% maior do que o trimestre anterior, de R$ 32,7 bilhões.

Nos meses de julho, agosto e setembro, a petroleira investiu R$ 30 bilhões. No somatório dos primeiros nove meses do ano, a cifra alcança R$ 78,8 bilhões, sendo a maior parte em exploração e produção, como foco no desenvolvimento da produção no pré-sal, com o avanço na construção de novos FPSOs para os campos de Búzios, Atapu e Sépia.

A Petrobras atingiu recorde das exportações de petróleo no trimestre, alcançando a marca de 814 Mbpd (mil barris por dia), reflexo da maior produção. Somado aos derivados, a companhia supera a marca de 1 milhão de barris por dia nas exportações.

No quesito eficiência de produção, a diretora de exploração e produção, Sylvia Anjos, afirmou que o ganho de eficiência de 4% em média no terceiro trimestre em plataformas representa, em barris, o equivalente à operação de uma nova plataforma.

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