Tensões globais

Petróleo fecha em queda com aversão ao risco generalizada e ponderando decisão da Opep+

Investidores foram influenciados por decisão da Opep+; Brent caiu 0,80%, a US$ 60,56 o barril

Logo da Opep na fachada do edifício sede da organização, em Viena, na Áustria (Foto Divulgação)
Fachada do edifício sede da organização, em Viena, na Áustria (Foto Divulgação)

O petróleo fechou em queda nesta terça-feira (4/11), em dia de aversão generalizada ao risco que prejudica o mercado de ações e as commodities.

Investidores também continuaram a ponderar a recente decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) de manter os níveis de produção no início de 2026, depois de anunciar um novo aumento em dezembro.

Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para janeiro recuou 0,69% (US$ 0,45), a US$ 64,44 o barril, enquanto o petróleo WTI para dezembro, negociado na Nymex, fechou em queda de 0,80% (US$ 0,49), a US$ 60,56 o barril.

Um aumento nos temores de que o nível elevado de valorização dos mercados possa gerar uma correção nos próximos dois anos prejudicou o sentimento de risco global nesta terça, com reflexos sobre os preços do petróleo.

Os CEOs da Capital Group, Goldman Sachs e Morgan Stanley alertam que investidores devem se preparar para uma queda de até 15% no mercado acionário americano nos próximos 12 a 24 meses.

Paralelamente, a pausa da Opep+ pode ser prolongada ao longo de 2026 devido ao aumento significativo dos estoques nos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), afirmam os analistas do Goldman.

A organização informou no domingo que ampliará sua oferta em mais 137 mil barris por dia (bpd) em dezembro, mas manterá a produção inalterada durante o primeiro trimestre de 2026.

Com os aumentos contínuos na oferta do cartel, dos EUA, Canadá e Guiana este ano, o mercado terá que lidar com um desequilíbrio significativo de excedente de 4 milhões de bpd em 2026, alerta o Société Générale.

As compras da China de quase 500 mil bpd não compensarão a pressão descendente sobre os preços do petróleo, acrescenta o banco.

Por Thais Porsch, com informações da Dow Jones Newswires

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