OTC Brasil 2025

Petrobras espera repor reservas de óleo e gás e liderar transição energética, diz Magda

Estatal prevê expandir exploração na Bacia Foz do Amazonas, repor reservas de óleo e gás e avançar em renováveis e descarbonização

RIO — A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, disse nesta terça-feira (28/10) que a estatal pretende lançar no dia 27 de novembro o seu novo plano de negócios, sem entrar em detalhes sobre o planejamento estratégico 2026-2030.

Em conversa com jornalistas, após participar da abertura da OTC Brasil 2025, Magda, no entanto, comentou sobre as perspectivas de futuro para a empresa: destacou a importância do início das perfurações na Bacia da Foz do Amazonas para a abertura de novas fronteiras exploratórias e reposição de reservas de óleo e gás. 

E completou que, em paralelo, a petroleira espera ser líder na transição energética e está comprometida com a descarbonização. Assista na íntegra acima!

“A Petrobras vai, sim, cumprir todas as suas metas do Acordo de Paris, vamos sim descarbonizar”, afirmou a executiva.

Ela cita que, hoje, a Petrobras responde por 31% de toda energia consumida no Brasil e espera chegar em 2050 com a mesma participação. 

“Vamos crescer junto com o Brasil”.

“E como vamos fazer isso [transição energética]? Com uma inserção significativa de renováveis nos primeiros dez anos, com mais moléculas, e a partir daí introduzindo mais elétrons”, complementou.

Ela citou que os trabalhos de pesquisa e desenvolvimento serão importantes nesse sentido.

Democratizar acesso à energia

Magda comentou também sobre as perspectivas de exploração na Bacia Foz do Amazonas.

Ela citou que, embora a Petrobras tenha pedido ao Ibama licença para perfurar mais três poços na região, a campanha dependerá dos resultados do poço pioneiro — cuja perfuração deve se estender por cinco meses.

A presidente da estatal defendeu a necessidade de abertura de novas fonteiras exploratórias, como as bacias de Foz do Amazonas e Pelotas, como uma forma de democratizar o acesso à energia no país e financiar a transição energética.

“O principal papel é garantir desenvolvimento, energia acessível e financiamento para tudo o que queremos fazer”, disse.

“Somos uma das dez maiores economias do mundo, mas nossos esforços estão concentrados no Sudeste e a fome está na Amazônia como um todo. Temos que ser capazes de democratizar o acesso à energia acessível ao país todo, de norte a sul”, complementou.

Principais pontos tratados por Magda Chambriard

  • Perfuração do poço pioneiro na Margem Equatorial levará cerca de cinco meses; os demais dependem do resultado inicial.
  • Licença ambiental cobre apenas o poço pioneiro e três poços contingentes.
  • Apoio político ao offshore do Amapá: destaque para o governador Clécio Luís (Solidariedade), os senadores Alcolumbre (União) e Randolfe (PT) e o ministro Waldez Góes (PDT).
  • Exploração é essencial para o futuro do petróleo e para democratizar o acesso à energia no país.
  • Brasil já lidera transição energética, com histórico de etanol, biodiesel, eólica e hidrelétricas.
  • Matriz energética 54% renovável em 2025, atingindo 64% até 2050.
  • Petrobras responde por 31% da energia nacional e prevê mesma fatia até 2050.
  • Expansão de renováveis com mais moléculas nos próximos 10 anos e depois mais elétrons, via P&D.
  • Almirante Tamandaré alcança 270 mil barris/dia sem novos investimentos, com inovação e resiliência.
  • Produção próxima a 2 milhões de barris/dia com novas plataformas (P-78, P-79, P-82, P-84, P-85 e Búzios 12).
  • Pré-sal já responde por 75% da produção, com baixa pegada de carbono.
  • Compromisso com o Acordo de Paris e descarbonização sustentável.
  • Exploração financia a transição energética e garante energia acessível.
  • Expansão internacional: Petrobras avalia entrada na Namíbia com a Galp.

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