RIO — A diretora de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Angelica Laureano, afirmou nesta sexta-feira (24/10), que a empresa pretende apresentar na COP30 iniciativas em biocombustíveis, captura e armazenamento de carbono (CCUS) e energia renovável. Assista na íntegra acima!
Segundo a executiva, ao participar do diálogos da transição, evento promovido pelo estúdio eixos em parceria estratégica com a Firjan, a companhia prevê implementar integralmente todos os projetos com plano de biodiversidade até 2025 .
“E o que efetivamente levaremos para a COP30? A Petrobras defende uma transição energética justa, com inovação tecnológica, que leve em conta as especificidades do país, que seja efetiva em custos, que retire o país da pobreza energética e que torne o IDH do país adequado à importância do Brasil”, revelou Laureano.
“Sua importância no cenário mundial e, mesmo assim, que seja alinhada às NDCs do país. Mostraremos que temos não apenas compromissos, mas resultados concretos e um plano de investimento robusto que equilibra segurança energética, desenvolvimento econômico e responsabilidade climática.”
A petroleira mantém foco em conciliar produção de óleo e gás com investimentos crescentes em soluções de baixo carbono. Com plano estratégico de US$ 100 bilhões para o quinquênio, a companhia prevê geração de 300 mil empregos e destina 15% do capex para a transição energética, incluindo pesquisa, desenvolvimento e inovação.
A diretora enfatizou também os compromissos climáticos da empresa, incluindo neutralidade de carbono em 2050, redução de 30% das emissões absolutas até 2030 e zero flaring até 2030.
“Chegamos à COP30 com significativo portfólio de investimentos em baixo carbono, entregando com emissões 41% menores, com o petróleo de menor intensidade de carbono do mundo, e com uma visão de crescimento de energia”, afirmou.
Expansão em baixo carbono. Entre os destaques do plano estratégico, estão o aumento da produção para 3,2 milhões de barris equivalentes por dia em 2029, com intensidade de carbono igual ou inferior a 15 kg de CO2 equivalente por barril, e projetos em energias renováveis, solar e eólica, além da construção de duas termoelétricas a gás natural com geração de 800 MW no Parque de Boaventura.
Laureano destacou que “a transição energética não é uma escolha entre desenvolvimento e sustentabilidade, é a única forma de garantir ambos”, enfatizando que políticas integradas são essenciais para viabilizar a transformação do setor e consolidar o Brasil como protagonista global.
Principais pontos tratados pela diretora da Petrobras
- Transição energética justa, conciliando óleo e gás com investimentos em baixo carbono.
- Preparação para a COP30, com foco em biocombustíveis, CCS e inovação tecnológica.
- US$ 100 bilhões em investimentos até 2029, sendo 15% voltados à transição energética.
- Neutralidade de carbono até 2050 e redução de 30% das emissões até 2030.
- Produção de 3,2 milhões de boe/dia em 2029, com intensidade de carbono abaixo de 15 kg CO2/barril.
- Expansão do gás natural, com projetos Rota 3, Raia e SEAP.
- Liderança em CCUS, com ambição de 80 milhões de toneladas capturadas até 2025.
- Crescimento em solar, eólica e biocombustíveis como SAF e diesel renovável.
- Previsão de 170 projetos socioambientais e 20 mil pessoas capacitadas até 2029.
- Meta de 25% de mulheres e negros em posições de liderança até 2029.
- Políticas integradas para equilibrar segurança energética e responsabilidade climática.