Integração

PetroReconcavo é autorizada a importar gás da Argentina e da Bolívia

Companhia obteve autorização para importar até 2 milhões de m³ diários de gás natural por dois anos

PetroReconcavo é autorizada a importar gás da Argentina e da Bolívia

CAMPINAS — A PetroReconcavo obteve autorização da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para importar até 2 milhões de metros cúbicos diários de gás natural da Argentina e da Bolívia por dois anos.

O aval, publicado no Diário Oficial da União desta sexta-feira (17/10) prevê a entrega em Corumbá (MS), Cáceres (MT) e Uruguaiana (RS), por meio de gasodutos. A Bolívia é a rota de integração entre Argentina e Brasil.

  • Corumbá é a porta de entrada do Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol), da TBG.
  • Em Cárceres, entra o Lateral Cuiabá, da GasOcidente, um ramal isolado entre Bolívia e o Mato Grosso.
  • Uruguaiana é a conexão existente com a Argentina, da Transportadora Sulbrasileira (TSB), mas apenas na fronteira, sem conexão com a rede nacional.

Autorizações para importação de gás da Argentina dispararam

As autorizações para importação de gás natural da Argentina dispararam desde 2024. Foram mais de 15 novas autorizações publicadas no período, segundo dados da ANP.

O pedido de autorização à agência é, em parte, uma formalidade: as empresas indicam a origem, volumes máximos e destinação para o gás natural — pode ser ‘todo o mercado brasileiro’, por exemplo.

Funciona, portanto, como um indicativo, ainda que inicial, do interesse do mercado pela atividade. No caso das importações de gás natural da Argentina, a integração começou a sair do papel este ano, com as primeiras operações de teste.

Entretanto, a importação para o Brasil enfrenta o desafio do gás argentino precisar passar pela Bolívia.

Segundo o Plano Nacional Integrado das Infraestruturas de Gás Natural e Biometano (PNIIGB), da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a rota prioritária para o Brasil ampliar a importação é por meio da conclusão do projeto original de integração, via Uruguaiana, no Rio Grande do Sul.

A solução da EPE é, na prática, a conclusão do projeto original da TSB: um gasoduto de quase 600 km de extensão e capacidade de 15 milhões de m³/dia, que visa conectar Uruguaiana (RS) a Triunfo (RS).

Atualmente, a TSB opera o duto que chega da Argentina à Uruguaiana, mas o projeto distribui gás apenas na fronteira, para abastecer uma usina termelétrica.

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