NESTA EDIÇÃO. Aneel acena com regras para baterias junto a usinas, enquanto Silveira indica contratação de volume aguardado pelo mercado.
Antaq mapeia portos brasileiros que oferecem incentivos para navios com menor pegada de carbono.
Preço do petróleo cai com novas tarifas dos EUA à China.
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Está chegando a hora de carregar as baterias: Aneel publica orientações para armazenamento
Num avanço para a atração de projetos de armazenamento de energia para o Brasil, a Aneel publicou na sexta (10/10) orientações para interessados em instalar baterias em centrais geradoras.
- Em resumo, a agência disse quais são os documentos necessários para os empreendedores solicitarem a instalação de unidades de armazenamento junto a usinas. Veja quais são os documentos.
- É um sinal de clareza para os investidores, que ainda aguardam a conclusão da regulamentação dessa tecnologia pela agência.
Também é um avanço em direção a um dos principais pleitos do setor para combater os cortes de geração (curtailment), que vem causando prejuízos às usinas renováveis, sobretudo no Nordeste do país.
- Relembre: R$ 5 bi e primeiro revés na expansão renovável em cinco anos: o custo dos cortes de geração
- Com a possibilidade de armazenar energia, a expectativa é reduzir o desperdício de energia nos momentos em que as usinas não puderem injetar a geração na rede.
E teve mais sinalização positiva vindo do governo: o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, indicou que o primeiro leilão de baterias deve contratar 2 GW.(Poder360)
- É exatamente o volume que os agentes interessados em investir nos projetos vinham pleiteando, com o objetivo de dar o pontapé inicial na curva de aprendizado desse mercado no Brasil.
- O leilão, no entanto, segue sem maior definição, com previsão de ocorrer em 2026, depois dos leilões de reserva de capacidade.
- Vale a leitura: Remuneração e capacidade contratada vão ser fundamentais para sucesso do leilão de baterias, dizem especialistas.
O tema também está na pauta do Congresso Nacional esta semana, com o início das audiências públicas sobre a medida provisória 1304/2025, a MP dos Vetos, na Comissão Mista. O texto herdou as discussões sobre a reforma do setor elétrico propostas pelo governo.
- Na terça (14), o debate vai girar em torno da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) e a abertura do mercado livre.
- Os cortes de geração são o foco da audiência de quarta (15), enquanto o armazenamento de energia será o tema do debate de quinta (16).
Baterias também na Europa. O apagão de grandes proporções que atingiu a Península Ibérica em abril expôs as fragilidades da rede elétrica e reforçou a urgência de investir em infraestrutura e armazenamento de energia, avalia a diretora-geral da Associação Portuguesa das Empresas do Setor Elétrico (Elecpor), Maria João Coelho.
- Em entrevista ao estúdio eixos, durante o EVEx Lisboa 2025, ela destacou que o episódio evidenciou as novas complexidades do sistema elétrico europeu, cada vez mais dependente de fontes renováveis. Assista na íntegra.
Data centers. O detalhamento do conceito de “energia limpa” como condicionante para acesso aos benefícios fiscais do Redata deverá ser trabalhado em regulamentação futura, sem necessidade de mudanças no texto da MP 1318/2025, na visão de Wagner Ferreira, sócio do Caputo, Bastos e Serra Advogados.
Eficiência energética. A descarbonização das indústrias passa não só pela mudança na matriz energética do setor produtivo, mas também pelo aumento da eficiência energética nos parques industriais, afirma o vice-presidente do Conselho de Administração da Agência Nacional de Energia (Adene), de Portugal, Bruno Veloso.
COP30. O Brasil tem condições de levar à Conferência do Clima exemplos concretos de iniciativas de descarbonização, como também marcos regulatórios relevantes em transição energética, afirma Solange David, chair do Women in Energy no Cigre International.
Descarbonização do transporte marítimo. Um levantamento da Antaq apontou que ao menos cinco portos brasileiros oferecem incentivos para navios com menor pegada de carbono. Veja quais são os portos com iniciativas para a redução das emissões.Preço do barril. O petróleo fechou em forte queda na sexta-feira (10/10), acelerando perdas depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, indicou novas tarifas contra a China, em resposta à decisão do país asiático de ampliar controles sobre exportações de setores estratégicos, como minerais críticos.
- O Brent para dezembro recuou 3,82% (US$ 2,49), a US$ 62,73 o barril.
Crise do metanol. A Polícia Civil de São Paulo suspeita que o metanol encontrado em uma destilaria clandestina em São Bernardo do Campo (SP), na sexta (10), veio de compras de etanol adulterado com a substância em postos de combustíveis.
Terminais de regaseificação. Voltou ao debate na ANP a conexão obrigatória dos terminais de GNL à rede de gasodutos de transporte, com audiência pública prevista para terça (14). Entenda o que está em jogo com a gas week.