O petróleo fechou em queda de quase 2% nesta quinta-feira (9/10), em meio ao arrefecimento das tensões geopolítica no Oriente Médio, após a divulgação da implementação de um pacto de cessar-fogo em Gaza e a troca de reféns israelenses por prisioneiros palestinos.
Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para dezembro recuou 1,55% (US$ 1,03), a US$ 65,22 o barril, enquanto o petróleo WTI para novembro, negociado na Nymex, fechou em baixa de 1,66% (US$ 1,04), a US$ 61,51 o barril.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quinta que o acordo entre Israel e Hamas vai além da Faixa de Gaza e representa um passo em direção à “paz no Oriente Médio”.
Paralelamente, o Hamas pediu aos EUA e a partes árabes, islâmicas e internacionais que obriguem o governo de Israel a implementar “plenamente os requisitos do acordo”.
Os futuros do petróleo estão “em uma fase corretiva, já que o conflito Israel/Hamas parece estar chegando ao fim”, diz Dennis Kissler, da BOK Financial. Segundo ele, a commodity parece estar presa em uma faixa de US$ 60 a US$ 65 por barril no curto prazo.
O impacto imediato nos mercados de petróleo será uma ligeira diminuição no prêmio de risco geopolítico — cerca de 1% a 2% do preço atual do Brent — à medida que os mercados descobrem os detalhes do plano de paz, diz a Rystad Energy.
“A longo prazo, se o plano para uma paz estável se mostrar credível, seu impacto nos preços pode ser mais estrutural e profundo”, afirma.
A Oxford Economics relembra que essa é uma faze preliminar ainda para um cessar-fogo e que muitos dos passos subsequentes do plano proposto são controversos, portanto, é prematuro ajustar as perspectivas de preços para o óleo e ter o acordo como uma certeza.
Por Thais Porsch, com informações da Dow Jones Newswires