Petrobras vai compensar gás de Mexilhão com mais importação de GNL no Rio

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A ANP está autorizando a Petrobras a elevar a importação de gás natural liquefeito (GNL) pelo terminal da Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, de 20 milhões para 30 milhões de m³ por dia.

— O aumento da importação de GNL é a saída para compensar a parada programada de manutenção da plataforma de Mexilhão, na Bacia de Santos, prevista para começar em 15 de agosto e com duração de 30 dias.

— As informações são do diretor-geral da agência reguladora, Rodolfo Saboia, que garantiu nessa terça (15/6) que não há risco de desabastecimento.

— Mexilhão é o hub de transferência do gás natural do Rota 1, que conecta campos do pré-sal a Caraguatatuba (SP). O gasoduto tem capacidade de 10 milhões de m³/dia.

— “A Petrobras já tem um plano para mitigar essa deficiência de fornecimento por intermédio de gás natural liquefeito importado por navios. O cenário que antevemos hoje é que não haverá essa falta [de combustível]”, afirmou Saboia.

Na Bahia, a Excelerate Energy foi a única empresa a entregar proposta para arrendamento do terminal de GNL de Salvador, na segunda licitação aberta pela Petrobras. A empresa ofereceu pouco mais de R$ 3 milhões de pagamento mensal, totalizando R$ 92 milhões para o contrato de dois anos e meio.

— De acordo com a ata da concorrência, vista pela epbr, há pendências em relação à proposta que ainda precisam ser analisadas pela Petrobras. Veja os detalhes

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Privatização da Eletrobras. A MP será votada nesta quarta (16/6) no Senado Federal. E as dezenas de emendas apresentadas até o momento são apenas um recorte das negociações em curso envolvendo o governo, o relator Marcos Rogério (DEM/RO) e até mesmo o relator da MP na Câmara, Elmar Nascimento (DEM/BA).

— Se depender deles, o texto da Câmara – com contratação de térmicas, PCHs e Proinfa – será aprovado. O Senado deve alterar outros pontos, como garantir que a indicação de diretores do ONS passe pelo crivo dos senadores.

— Há também um debate sobre o rateio dos recursos: fundos para contemplar a região Sul, por exemplo, que ficou de fora do pacote que passou na Câmara. Há possibilidade de alteração da destinação da renda de Itaipu, na versão atual, utilizada para reduzir o impacto nas contas de energia de consumidores cativos e livres.

O passo-a-passo das negociações, desde o início da tramitação na Câmara dos Deputados, faz parte da cobertura exclusiva do político epbr, serviço da agência epbr para empresas.

O governo está otimista, pois acredita que a negociação atingirá seu principal objetivo: autorizar a privatização da Eletrobras.

— É o mesmo sentimento do mercado de distribuição de gás. As térmicas gerando na base, no interior do país, poderão ser uma solução para expansão da malha de gasodutos de transporte e de novos mercados de distribuição.

— Esta semana, a Abegás publicou uma estimativa de ganhos para os consumidores de energia da ordem de R$ 8 bilhões, para rebater, junto com o governo, as críticas do setor elétrico…

— …Que enxerga na MP 1031 uma proposta que irá aumentar custos, criar subsídio cruzado para o setor de gás, além de uma interferência no planejamento e até mesmo a causa de uma futura concentração de mercado de geração de energia, crítica que vale para o texto original.

O relator na Câmara, Elmar Nascimento (DEM/BA), amenizou, nessa terça (15/6), o tom crítico que vinha adotando sobre possíveis mudanças na MP 1031.

— “Quase que a totalidade das emendas dos senadores devem ser aproveitadas tanto aqui quanto ratificadas pela Câmara, por defender o interesse da população brasileira”, afirmou Elmar, em uma coletiva ao lado de Marcos Rogério.

— A mensagem que chegava ao Senado era que a Câmara não aceitaria mudanças bruscas na MP e que teria os votos para derrubar quaisquer propostas dos senadores. Isso, claro, mobiliza a oposição ao texto.

O diretor-geral da Aneel, André Pepitone, disse que o reajuste das bandeiras tarifárias deste ano deve ser maior do que previsto inicialmente pela própria agência.

— “Com certeza deve superar isso [o valor inicial]”, comentou durante audiência pública na Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados. A decisão deve ser tomada ainda no mês de junho.

— Não representa aumento de tarifa, mas do adicional cobrado pelo sistema de bandeiras tarifárias, criado para antecipar a pressão nos preços da geração para os consumidores e, em tese, estimular um uso mais racional da energia.

— No caso da bandeira vermelha patamar 2, que está em vigor, a agência previa que o valor sairia de R$ 6,24 para cada 100 kwh consumido para R$7,57. epbr

Outros destaques da audiência. O diretor-geral do ONS, Luiz Carlos Ciocchi, disse que o órgão não trabalha com a possibilidade de racionamento de energia ou falta de luz para este ano.

— “O suprimento de energia está garantido pelas medidas que vêm sendo tomadas tanto pelo ONS quanto por outros órgãos, como a ANA”.

— O aquecimento global e a mudança de uso da terra estão gerando aumento da temperatura, que, por consequência, afetam os períodos de chuva do Brasil, reforçou o coordenador-geral de Ciências da Terra do Inpe, Gilvan Sampaio de Oliveira.

Mais sobre isso em: Luiz Eduardo Barata: transição para uma matriz elétrica de base renovável pode ocorrer na próxima década (epbr)

O ministro Bento Albuquerque passou o dia em busca de apoio dentro e fora do governo para a “MP do Racionamento”, apelido crítico dado à medida no Congresso Nacional. A publicação deve sair após a aprovação da MP da Eletrobras.

— Com a medida, o governo pretende criar a Câmara de Regras Operacionais Excepcionais para Usinas Hidrelétricas (CARE), que pode tomar decisões mandatórias sobre gestão de recursos hídricos e determinar restrições operativas das UHEs.

–Após reunião com Arthur Lira (PP/AL) – que não durou “nem dez minutos”, segundo o próprio presidente da Câmara –, o esforço foi afastar o risco de apagão. O deputado frisou que o governo deve atuar por um “dano controlado” e para evitar “um dano maior”.

— “Não se falou em apagão, falou-se em racionamento, na economia, a gente não manda na chuva. Mas não acredito que tenha apagão, pode ter energia mais cara por causa do uso das térmicas”. MegaWhat

Vale lembrar: o governo prepara um “racionamento voluntário”, isto é, um programa para estimular a redução do consumo de energia em troca de benefícios, como descontos na conta. Grandes clientes levaram uma proposta ao MME: entendem que os ganhos para o sistema devem ser revertidos para os consumidores.

A minuta da MP prevê que apenas ministros terão poder de voto na CARE, que será formada por MME, que a presidirá; Casa Civil; MDR; MMA; e Minfra. Agências e outros órgãos, como Ibama e AGU, participam do grupo.

— O governo avalia revisar o trecho que trata do racionamento compulsório, principal ponto de crítica e alarde desde que o texto começou a circular.

Os preços do petróleo subiram quase 2% nessa terça (15/6), atingindo a máxima em mais de dois anos, pelas expectativas de que a demanda se recuperará rapidamente no segundo semestre de 2021. O Brent avançou 1,6%, a US$ 73,99 o barril. Durante a sessão, chegou a US$ 74,07. Reuters

— Do Financial Times: Traders esperam petróleo a US$ 100 o barril. Valor

IBP contra a flexibilidade das bandeiras dos postos. Em artigo para o EstadãoValéria Lima, diretora executiva de Downstream do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), defende reformas para haver preços competitivos, como a mudança no ICMS dos combustíveis. Mas critica o que chama de “soluções mágicas”.

— “(…) há quem defenda a flexibilidade da regra de fidelidade à bandeira, entre postos de serviços e distribuidoras de combustíveis, como capaz de trazer um benefício imediato de 10% nos preços finais nas bombas. Mais que utópico, isso é falacioso”, escreve.

— A fidelidade às bandeiras, que pode permitir a venda simultânea de combustíveis de diferentes distribuidoras em um mesmo posto, está em discussão na ANP.

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