Tensões globais

Petróleo fecha em alta após Opep+ elevar oferta em ritmo aquém do temido

Investidores foram influenciados por elevação da produção da Opep+ em nível menor que o temido; Brent sobe 1,45%, a US$ 65,47 o barril

Fachada do edifício sede da Opep, em Viena, na Áustria (Foto Vincent Eisfeld/Wikicommons)
Fachada do edifício sede da Opep, em Viena, na Áustria (Foto Vincent Eisfeld/Wikicommons)

O petróleo fechou em alta pela segunda sessão consecutiva, nesta segunda-feira (6/10), após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) elevar produção em nível menor que o temido. Tensões geopolíticas também contribuíram.

Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para dezembro subiu 1,45% (US$ 0,94), a US$ 65,47 o barril, enquanto o petróleo WTI para novembro, negociado na Nymex, fechou em alta de 1,33% (US$ 0,81), a US$ 61,69 o barril. 

Os preços do petróleo tiveram uma recuperação modesta nesta segunda-feira, depois de caírem cerca de 7% na variação da semana passada. Para a Capital Economics, os ataques da Ucrânia sobre a infraestrutura petrolífera da Rússia ainda não foram completamente endereçados pelo mercado, mas os seus danos à capacidade de exportação russa e perspectivas de maior interrupção da oferta sugerem riscos de alta para os preços do petróleo.

Além disso, a decisão da Opep+ de elevar a produção da commodity em 137 mil barris por dia em novembro, nível similar ao de outubro, veio bem abaixo dos rumores circulados na semana passada, que previam aumento em 500 mil barris.

Apesar do alívio dos investidores nesta segunda-feira, a perspectiva mais ampla para o petróleo permanece inclinada para o lado negativo, com uma maior probabilidade de os preços caírem abaixo de US$ 60 do que subirem novamente acima de US$ 65 por barril, diz o Swissquote Bank.

No radar, fontes do The Wall Street Journal apontaram que a China criou um sistema semelhante a escambo para manter a relação com Teerã em meio às sanções. Pelo sistema, o petróleo iraniano é enviado para a Pequim e, em troca, empresas chinesas apoiadas pelo Estado constroem infraestrutura no Irã.

Por Laís Adriana e Thais Porsch, com informações da Dow Jones Newswires

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