Tensões globais

Petróleo fecha em queda com sinais de maior oferta e de olho em eventual shutdown nos EUA

Investidores foram influenciados por possibilidade de Opep+ ampliar oferta; Brent cai 1,58%, a US$ 66,03 o barril

Logo da Opep na fachada do edifício sede da organização, em Viena, na Áustria (Foto Divulgação)
Fachada do edifício sede da organização, em Viena, na Áustria (Foto Divulgação)

Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda nesta terça-feira (30/9) em meio à avaliação de sinais de maior oferta e do plano de paz dos Estados Unidos para a Faixa de Gaza, que pode reduzir o prêmio de risco da commodity, além dos riscos de paralisação do governo americano. Os preços do óleo também apresentaram queda na variação trimestral.

Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para dezembro perdeu 1,58% (US$ 1,06), a US$ 66,03 o barril, enquanto o petróleo WTI para novembro, negociado na Nymex, fechou em queda de 1,70% (US$ 1,08), a US$ 62,37 o barril.

No mês, o WTI e o Brent cederam 2,56% e 2,15%, respectivamente. Já no trimestre, o óleo negociado em Nova York recuou 4,21%, enquanto o negociado em Londres teve queda de 1,06%.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) negou relatos de que planeja elevar em 500 mil barris sua oferta diária, mas a correção não se refletiu nas cotações do petróleo.

O mercado segue de olho, ainda, em uma eventual paralisação do governo americano (shutdown, em inglês), que já é precificada em “quase 100%” e deve manter o petróleo sob pressão, para a Spartan Capital Securities.

Já o Julius Bear, para quem o avanço acima de US$ 70 foi passageiro, acredita que os preços da commodity devem seguir pressionados no curto prazo.

O banco aponta que “as preocupações com os suprimentos russos e sanções mais rígidas parecem contidas”, enquanto crescem os sinais de aumento da oferta. A projeção é de que a commodity recue para a faixa de US$ 60, em cenário de visão neutra.

Além do excesso de oferta, o MUFG vê pressão adicional do plano de paz do presidente dos EUA, Donald Trump, para Gaza, que pode reduzir o prêmio de risco da commodity, caso seja aceita pelo Hamas, o que ainda é incerto.

Por Pedro Lima, com informações da Dow Jones Newswires

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