Os contratos futuros de petróleo encerraram a sessão desta sexta-feira (26/9), em alta e avançaram na semana, enquanto os contínuos ataques da Ucrânia em instalações petrolíferas da Rússia prolongam as tensões geopolíticas no Leste Europeu. As negociações também foram impulsionadas pelo dólar fraco no exterior.
Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para dezembro subiu 0,93% (US$ 0,64), a US$ 69,22 o barril, enquanto o petróleo WTI para novembro, negociado na Nymex, registrou alta de 1,14% (US$ 0,74), a US$ 65,72 o barril.Na semana, os avanços foram de 5,32% e 4,82%, respectivamente.
Nesta sexta, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que as falas de autoridades da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) sobre a possibilidade de abater aviões russos representam “mais um passo significativo de escalada de tensões próximo às nossas fronteiras”. O líder ucraniano, Volodimir Zelenski, por sua vez, classificou a reação da Otan como fraca e defendeu uma resposta imediata.
Para o BOK Financial, além do conflito entre Rússia e Ucrânia, o mercado do petróleo ganhou força por conta da demanda estável, aparentemente acompanhando o aumento da oferta da Organização de Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+).
Ainda de acordo com a instituição japonesa, as novas tarifas anunciadas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, podem sinalizar para a Índia e a China “que tarifas adicionais podem estar a caminho se continuarem comprando petróleo bruto russo”, o que também eleva os preços da commodity.
Durante a sessão, o petróleo ganhou força após a divulgação da pesquisa da Universidade de Michigan, que mostrou queda do sentimento do consumidor em setembro e enfraqueceu o dólar. A queda da moeda americana costuma beneficiar o óleo.
Entre notícias do setor, o Iraque retomará a exportação de petróleo da região curda semiautônoma no norte do país através do porto de Ceyhan, na Turquia, e o bombeamento começará às 6h de sábado (horário local), com a quantidade acordada fixada em 240 mil barris por dia.
Por Isabella Pugliese Vellani, com informações da Dow Jones Newswires