Plano nuclear

Governo apresentará "grande ideia" para o setor nuclear no próximo CNPE, diz Silveira

Segundo ministro, CNPE previsto para outubro tem Angra 3 na pauta, mas discussão deve ir além da retomada da usina

Alexandre Silveira durante inauguração do Centro de Tecnologia e Inovação Agroindustrial da Acelen, em Montes Claros (MG), em 29 de agosto de 2025 (Foto: Ricardo Botelho/MME)
Alexandre Silveira durante inauguração do Centro de Tecnologia e Inovação Agroindustrial da Acelen, em Montes Claros (MG), em 29 de agosto de 2025 (Foto: Ricardo Botelho/MME)

BRASÍLIA — O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), disse nesta terça-feira (23/9) que o governo tem uma “grande ideia” para remodelar o setor nuclear brasileiro, e pretende apresentá-la na próxima reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).

Segundo o ministro, a reunião prevista para outubro tem Angra 3 na pauta, mas discussão deve ir além da retomada da usina.

“Todo mundo fala em Angra 3, eu falo que nós temos que debater a cadeia nuclear como um todo”, disse a jornalistas.

Ele citou como exemplo os pequenos reatores modulares (SMR, em inglês) como alternativa às termelétricas abastecidas a diesel nos sistemas isolados e na indústria intensiva, além do hidrogênio.

“Nós vamos remodelar o setor nuclear brasileiro”, disse Silveira, mencionando conversas com o presidente Lula (PT), a ministra da Gestão, Esther Dweck, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

“Nós temos uma grande ideia que será apresentada no CNPE, que é um trabalho que nós vamos fazer e eu espero que nos próximos cinco anos, liderado pelo presidente Lula, possamos entregar um setor nuclear robusto, com energia limpa, segura, descarbonizando o Brasil”.

Retomada de Angra 3

Na pauta do próximo CNPE, a retomada das obras de Angra 3 está atravancada, dado que não se chegou a uma uma solução para encontrar novas fontes de financiamento, que não dependam de aportes da União.

A obra está paralisada desde 2015, com custos que chegam a R$ 1 bilhão por ano.

Em janeiro, a EPE afirmou que os estudos sobre os impactos ao sistema elétrico da conclusão da usina nuclear apontam que o projeto evitaria gastos de abandono e moderar custos sistêmicos, além de prover segurança energética e confiabilidade para o sistema. 

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