Os contratos futuros do petróleo fecharam em queda nesta segunda-feira (22/9), após começarem o dia em alta. Esta é a quarta sessão seguida de queda.
No radar, os investidores avaliam a possibilidade de um desequilíbrio das condições do mercado com receio sobre queda da demanda em um contexto de aumento da produção por países relevantes, o que atenua receios sobre os conflitos globais.
Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para dezembro cedeu 0,10% (US$ 0,07), a US$ 65,97 o barril, enquanto o petróleo WTI para novembro, negociado na Nymex, registrou baixa de 0,19% (US$ 0,12), a US$ 62,28 o barril.
De acordo com analistas da Caixa Bank Research, a queda na demanda do petróleo faz com que o preço da commodity recue.
O analista da BOK Financial, Dennis Kissler, também vê as preocupações aumentarem: “investidores estão voltando a focar na possibilidade de um possível excesso de oferta no mercado global, que está por vir”.
O aumento na oferta também preocupa investidores, que veem o aumento da produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) sem que ocorra uma diminuição efetiva por parte de outros países, como a Rússia, apesar de novos ataques ucranianos às instalações petrolíferas russas.
“Embora aspectos geopolíticos permaneçam elevados, não parece haver grandes interrupções diminuindo o fornecimento do petróleo bruto”, continuou Kissler.
No radar do mercado está a reunião do Conselho de Segurança da ONU, em Nova York, e que discute as invasões no espaço aéreo da Estônia pela Rússia.
Na sexta-feira (19/9), o Conselho aprovou a imposição de novas sanções ao Irã pelo descumprimento de acordos sobre o programa nuclear do país. Uma possível trégua no conflito entre Palestina e Israel também chama atenção dos investidores.
De acordo com a Fox News, o Hamas prometeu liberar metade dos reféns ainda detidos em Gaza caso o presidente norte-americano, Donald Trump, garanta um cessar-fogo de 60 dias.
Por Letícia Araújo, com informações da Dow Jones Newswires