BELO HORIZONTE — A Equinor finalizou a instalação do trecho de 15 km de águas rasas do gasoduto do Projeto Raia. A etapa levou cerca de dois meses.
Agora, a previsão é iniciar o trecho terrestre, após o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) emitir, em julho, a licença de instalação.
O segmento será executado pela Azevedo & Travassos Infraestrutura, que assinou, em 2024, um contrato de R$ 505 milhões para as obras de 4,5 quilômetros.
Ainda faltam as instalações do trecho de águas profundas até o FPSO, no pré-sal da Bacia de Campos.
O gasoduto de 200 quilômetros vai conectar o FPSO Raia à malha de transporte de gás do Terminal de Cabiúnas, em Macaé (RJ). Ao todo, terá capacidade de escoar 16 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia.
Será o primeiro projeto no Brasil a tratar o gás no mar, no navio-plataforma. Com isso, a conexão à malha nacional não vai demandar processamento adicional em terra.
O projeto tem reservas recuperáveis de óleo e condensado superiores a 1 bilhão de barris de óleo equivalente (boe) e deve responder por 15% da demanda de gás no Brasil em 2028, quando está previsto o início das operações.
O empreendimento faz parte do Novo PAC do governo federal e é operado pela Equinor (35%), em parceria com a Repsol Sinopec (35%) e a Petrobras (30%).