Escassez de energia e insumos derrubaria 1 ponto do PIB, projeta Economia

27/04/2021- Ministro da Economia, Paulo Guedes, concede coletiva de imprensa sobre alterações na equipe da Secretaria Especial de Fazenda
Brasília, DF- Ministro da Economia, Paulo Guedes, secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues e secretário do Tesouro Nacional, Bruno Funchal, concedem coletiva de imprensa, na noite de hoje (27), no Ministério da Economia, bloco F

FOTOS: EDU ANDRADE/Ascom/ME
27/04/2021- Ministro da Economia, Paulo Guedes, concede coletiva de imprensa sobre alterações na equipe da Secretaria Especial de Fazenda Brasília, DF- Ministro da Economia, Paulo Guedes, secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues e secretário do Tesouro Nacional, Bruno Funchal, concedem coletiva de imprensa, na noite de hoje (27), no Ministério da Economia, bloco F FOTOS: EDU ANDRADE/Ascom/ME

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A epbr realiza nesta quarta (2/6), a partir das 14h, uma série de transmissões ao vivo sobre a MP da capitalização da Eletrobras. Veja a programação

em jogo

Equipe econômica calcula que risco de racionamento de energia e desabastecimento de insumos para a indústria ameaça derrubar em um ponto percentual o ritmo de crescimento do PIB em 2021.

— O aumento do custo da energia, com a importação e despachos de fontes mais caras para compensar a estiagem nos reservatórios, por sua vez, pode levar a inflação para 4,5%, acima do centro da meta (4%).

— As projeções foram apresentadas ao ministro Paulo Guedes, da Economia, segundo a Folha de S. Paulo.

— Empolgado com o resultado do primeiro trimestre (alta de 1,2% no PIB), o ministro fala em crescimento de 6% no ano. Na edição mais recente do Boletim Focus (28/5), o mercado estima crescimento do PIB de 3,96% e IPCA de 5,49%.

— Na segunda, a carga das termelétricas despachadas atingiu 17.137 megawatts médios, recorde histórico. Com a necessidade de garantir o suprimento, é preciso recorrer às usinas mais caras e, muitas vezes, mais poluentes (O Globo).

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Guedes culpa a falta de chuvas. “Agora temos o problema do regime de chuvas, não controlamos isso, é uma variável completamente inesperada, como foi a pandemia também, tem o regime de climas, mudanças climáticas, isso está nos atingindo”, diagnosticou o ministro. (UOL).

Vai piorar, mas estava previsto. A energia armazenada (EARmáx) no subsistema Sudeste/Centro-Oeste, o mais importante do país, vai cair de 32,2% para 28,8%, segundo previsão do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE).

— O problema é justamente a entrada no período mais seco do ano, após uma temporada de chuvas fracas. Previsões do governo já antecipavam que a crise hidrológica vai se estender ao menos até 2022, por razões climáticas.

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, tem tentado tranquilizar o mercado. Em entrevista à CNN, citou que o ex-ministro Pedro Parente – com quem se reuniu ontem – elogiou as medidas que vêm sendo tomadas pelo MME. Em nota à imprensa, Parente afirma que o diagnóstico do governo está correto.

— “Todas as medidas estão sendo consideradas. Temos que ter a segurança e evitar de forma possível que tenhamos picos de demanda”, defendeu Albuquerque. O ministro está promovendo a necessidade de racionalizar o uso de energia e água.

Pedro Parente foi o “ministro do Apagão” do governo de FHC. Com a crise iniciada em 2001, assumiu o comando do grupo de resposta criado na época.

— “A hidrologia será um fator decisivo nos próximos meses, especialmente até novembro. O time do ministro Bento Albuquerque tem um diagnóstico correto da seriedade do momento e tem traçadas medidas para enfrentar o cenário”, afirmou Parente, em nota.

No meio disso tudo, Eletrobras. O senador Marcos Rogério (DEM/RO) foi designado relator da MP 1031. Desde o início da tramitação da matéria era a aposta do governo, pela relação do parlamentar com o setor elétrico e também com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM/MG).

— Lidar com as mudanças feitas na Câmara dos Deputados, chamadas pelos críticos de ‘jabutis’, será o principal desafio do senador. Há pressão do setor elétrico e de consumidores pela retirada total da previsão de contratação de 6 GW de termelétricas e outras políticas para contratação de PCHs, por exemplo.

Em epbr, Marcos Rogério é aposta do governo para privatização da Eletrobras

Canteiro de obras. “O Brasil ainda tem investimentos grandes para fazer no setor elétrico, principalmente em linhas de transmissão e geração”, disse André Pepitone, diretor geral da Aneel, durante comentários sobre a demanda de energia pós-pandemia. O consumo de energia está 7% maior este ano.

A agência estuda prorrogar a proibição de cortes. A medida excepcional, criada em razão dos impactos da covid-19, é válida até 30 de junho. Área técnica propõe estender até 31 de outubro. A medida vale para famílias de baixa renda e ainda precisa passar pela diretoria da Aneel (Estadão)

Mais preços. Otimismo externo impulsiona preços do óleo, e o interno, recuo do câmbio. O grupo OPEP+ decidiu manter o controle da produção vigente, levando o Brent futuro à máxima de US$ 71,32 por barril, nível pré-pandemia.

— Nessa quarta (2/6), a variação foi de US$ 70,94 a US$ 70,35 nas primeiras horas de negociação.

— Indicadores da produção americana ajudaram investidores a afastar o temor de inflação, motivado pelo ciclo de alta de commodities, combinado com os estímulos criados desde o ano passado (Investing.com).

— OPEP+ conclui que a melhor estratégia, dados os fundamentos do mercado, é manter o aumento gradual da oferta de 2 milhões de barris/dia, como programado anteriormente. Os países, com a alta dos preços, têm mantido altos níveis de conformidade ao acordo.

— “Durante os próximos seis meses, vejo muito claramente que há uma forte recuperação da demanda de petróleo nos EUA, China, Europa e em outros lugares e se a OPEP+ mantiver suas políticas atuais, poderemos ver uma diferença maior entre a oferta e a demanda”, avaliou Fatih Birol (IEA) em entrevista à Bloomberg.

Biodiesel: preços médios de referência (PMR) por litro definidos para o próximo leilão (L80) variam de R$ 8,00 (sem Selo Social) a R$ 8,04 (com Selo). São os preços-tetos para oferta na concorrência que vai abastecer o mercado entre julho e agosto (BiodieselBR).

— No ciclo anterior (entregas em maio e junho), o biodiesel foi comprado a R$ 5,54, com deságio de 26,5% em relação ao PMR de R$ 7,53 (todos valores médios). Pico superior a R$ 7 por litro levou o MME à decidir pela redução da mistura em 3 pontos percentuais, para 10%, o que vale para o L80.

O dólar recua ao menor nível desde 21 de dezembro, após queda de 1,51%, para R$ 5,146. Reação à divulgação do crescimento de 1,2% do PIB, acompanhada da valorização da bolsa brasileira, que se aproximou do patamar inédito de 130 mil pontos (Reuters).

O Grupo Ultra deve vender a Oxiteno até o fim de junho; disputa está entre três grupos internacionais, segundo o Estadão, em um negócio estimado em US$ 1,5 bilhão

— Disputa está entre o fundo de private equity Advent e as petroquímicas Stepan e Indorama. Parte da estratégia é focar na disputa do mercado de combustível – o grupo controla a distribuidora Ipiranga e está na disputa pela refinaria Alberto Pasqualini (REFAP), no Rio Grande do Sul.

A produção de petróleo no Brasil subiu 4,6% em abril na comparação mensal, para 2,974 milhões de barris/dia. A entrega de gás natural para o mercado foi de 53,5 milhões m³ por dia, aumento da ordem de 3 milhões de m³/dia (+6,6%).

— A produção nacional entrou novamente em uma tendência de alta observada desde dezembro de 2020. No segundo semestre do ano passado, pelo acúmulo de paradas programadas de produção que haviam sido adiadas em decorrência da covid-19, a produção chegou a retornar ao patamar de 2,7 milhões de barris/dia.

— A alta produtividade e o porte dos projetos do pré-sal, que representam mais de 72% da produção nacional, colaboram para a velocidade da retomada da produção. Os preços do petróleo também se recuperaram consideravelmente.

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