BELO HORIZONTE — As tradings Interco e NEG Energia receberam autorização da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), nesta quarta-feira (17/9), para importar gás natural da Argentina.
- a Interco poderá importar até 150 mil m³/dia de gás, via Gasbol;
- e a NEG obteve aval para importação de 31,25 milhões de m³/ano – o equivalente a cerca de 85 mil mil m³/dia.
A Interco – International Commodities Trading – começou a operar em 2022 com importação de gás liquefeito de petróleo (GLP). Em 2023, fez suas primeiras operações com a Argentina, no mercado spot, a partir de uma parceria comercial com a Transportadora Gas del Sur (TGS).
Agora, mira o gás natural. A empresa ainda não tem autorização da ANP para comercialização da molécula no Brasil.
Já a NEG Energia faz parte do grupo petroquímico Alpek, do México. Em 2024, a companhia recebeu autorização da ANP para comercializar gás natural no Brasil.
A empresa mira, com o gás argentino, consumidores industriais de médio e grande porte no Paraná e São Paulo.
Voqen também se prepara para gás argentino
Na semana passada, a Voqen, comercializadora de gás e energia da Braskem, obteve autorização da ANP para importar 3 milhões de m³/dia da Bolívia e da Argentina.
A Voqen estreou como comercializadora neste ano.
A primeira cliente foi a própria Braskem, para abastecimento de uma unidade em São Paulo.
A companhia, no entanto, começa a diversificar a sua base de clientes, ao assinar um contrato de fornecimento para a Sylvamo do Brasil, do ramo de papel e celulose.
Quem é quem
Do lado de lá da fronteira, as perspectivas de integração entre Brasil e Argentina já movimentam nove produtores do país vizinho, incluindo a Petrobras – que tem uma fatia de 33,6% no ativo Rio Neuquén, na Bacia de Neuquén, operado pela YPF.
Além da estatal brasileira, outros oito produtores de gás na Argentina já obtiveram a autorização do governo local para exportar gás ao Brasil e têm acordos de suprimento com comercializadores brasileiros. São eles:
- Oilstone Energía (com acordo com a MGás)
- Pampa Energía (com Eneva e Tradener)
- Pan American Energy (com Comgás, PAE do Brasil e Tradener)
- Petrobras (com a Petrobras e Gas Bridge)
- Pluspetrol (com Gas Bridge)
- Tecpetrol (com Edge, Eneva, MGás e Tradener)
- TotalEnergies (com MTX Comercializadora, Eneva, Total Energies EP Brasil, Edge e MGás)
- Vista Energy (com Cinergia)
- YPF (com PAE do Brasil, MGás e Tradener)