Descarbonização do transporte

Biometano ajudará a reduzir ainda mais a pegada de carbono do etanol e açúcar brasileiros, diz Copersucar

Diretor de novos negócios da Copersucar, Daniel do Valle, diz que a troca do diesel pelo biometano na frota da indústria sucroalcooleira é uma “oportunidade já latente”

RIO — Substituir o diesel pelo biometano na frota de caminhões da indústria sucroalcooleira pode ajudar a reduzir ainda mais a pegada de carbono do açúcar e etanol brasileiros, na visão do diretor de novos negócios da Copersucar, Daniel do Valle.

Em entrevista ao estúdio eixos no 12º Fórum do Biogás, o executivo disse a troca é uma “oportunidade já latente” e que o biometano já consegue ser competitivo, hoje, contra o diesel – e com o diferencial da descarbonização. Assista na íntegra acima

Ele cita que de 3% a 4% do consumo do diesel no Brasil vem do setor sucroenergético

“Então nós, como somos, obviamente, líderes de usinas, de unidades, temos o potencial de substituir, primeiro, o diesel que transporta a cana do campo para a unidade de processamento. E isso, além de economizar, traz o benefício de gente, também, descarbonizar mais um pouquinho o etanol e o açúcar com pegada de carbono”, comentou.

Daniel do Valle conta, ainda, que existe um potencial interessante de substituição do diesel pelo biometano na frota própria de caminhões da Copersucar e que movimenta o açúcar e o etanol para os clientes – além da descarbonização da frota de terceiros.

“Pela nossa relação de fornecimento de açúcar no mercado doméstico, temos mais de 400 clientes, dentre os grandes consumidores industriais de açúcar. Então por que não esses clientes receberem o açúcar com pegada de carbono na distribuição usando biometano e também, na frota deles, substituírem por biometano? Então esse é um outro pilar”, afirmou.



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