O consumo de energia em todo o país encerrou o mês de abril com retração de 2,91%, na segunda queda consecutiva do ano.
De acordo com Índice Comerc, que avalia o consumo de energia pelos principais segmentos da economia, no último mês de março, houve retração de 1,26% frente ao mês anterior, seguindo o ritmo abre e fecha das atividades econômicas.
Em abril, o setor de siderurgia e metalúrgica foi o único que apresentou crescimento (+1,64%), diz a Comerc.
O desempenho negativo foi influenciado, principalmente, pelos setores de papel e celulose (-9,26%), têxtil, couro e vestuário (-6,71%), veículos e autopeças (- 6,67%) e alimentos (- 6,12%).
As demais categorias acompanharam os resultados negativos, porém com quedas menos acentuadas, variando entre -0,16% (materiais de construção) e -3,86% (eletromecânica).
Segundo a Comerc, a performance do consumo de energia reflete um comportamento pontual alinhado à conjuntura econômica.
Já na comparação anual com 2020, o consumo consolidado de abril 2021 teve alta de 26,35%.
“Apesar dos altos e baixos resultados desde o início desse ano, podemos notar a resiliência dos setores diante da pandemia da covid-19 e esperar que o ano de 2021 seja mais promissor que 2020”, comenta Marcelo Avila, vice-presidente do Grupo Comerc.
“Os próximos meses indicam para um cenário econômico e industrial mais otimista, desse modo, os índices do mercado de energia devem voltar a patamares mais positivos, com forte demanda para o setor de energia”, conclui Ávila.
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Bandeira vermelha em maio
Abril marcou o fim do período de transição entre as estações úmida e seca nas principais bacias hidrográficas do Sistema Interligado Nacional (SIN).
De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o balanço hidrológico do período úmido 2020-2021 resultou no pior aporte hidráulico da história do SIN, medido desde 1931.
No final de abril, a agência anunciou o acionamento da bandeira tarifária vermelha patamar 1, para o mês de maio, com custo de R$4,169 para cada 100kWh consumidos.
“Em maio, inicia-se o período seco, com os principais reservatórios apresentando estoques reduzidos para essa época do ano. Essa conjuntura sinaliza patamar desfavorável de produção pelas hidrelétricas e elevada necessidade de acionamento do parque termelétrico, pressionando os custos relacionados ao risco hidrológico e o preço da energia no mercado de curto de prazo”, explica a Aneel em nota.
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