Preço do petróleo

Petróleo sobe apoiado por demanda firme e à espera de desdobramentos Rússia-Ucrânia

Brent vai a US$ 67,67, após recuo maior que o esperado nos estoques dos EUA; mercado segue cauteloso com guerra na Ucrânia e cortes da Opep+

Bombas cavalos-de-pau (pumpjacks) para produção no shale de gás dos EUA, no campo de Bakken, Dakota do Norte (Foto Ole Jørgen Bratland/Statoil)
Produção terrestre de óleo e gás no campo de Bakken, Dakota do Norte/EUA (Foto Ole Jørgen Bratland/Statoil)

Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta quinta-feira (21/8), apoiados pela forte queda nos estoques da commodity nos EUA na semana passada, divulgada na quarta-feira pelo Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês), que indicam demanda firme pelo óleo.

No entanto, investidores seguem atentos aos desdobramentos da guerra entre Rússia e Ucrânia.

Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para outubro avançou 1,24% (US$ 0,83), a US$ 67,67 o barril, enquanto o petróleo WTI para mesmo mês, negociado na Nymex, fechou em alta de 1,29% (US$ 0,81), a US$ 63,52 o barril.

Durante o pregão, o Brent negociado para novembro, que chegou a ter mais liquidez no dia, fechou em alta de 1,22% (US$ 0,81), a US$ 67,12 o barril.

Os dados de estoques nos EUA indicam que a demanda por petróleo segue relativamente firme, mas questões geopolíticas e comerciais ainda mantêm os investidores cautelosos, avalia Rania Gule, da XS.com.

“Qualquer alta de preços tende a ser limitada e temporária, já que o mercado enfrenta um risco de médio prazo de excesso de oferta, tornando qualquer sustentação de preços no longo prazo dependente de maior demanda global ou de menor produção”, acrescenta.

Apesar de a redução dos estoques ter melhorado as perspectivas de curto prazo para a commodity, o humor mais amplo do mercado permanece negativo, segundo o ANZ Research.

Investidores acompanham de perto as negociações para encerrar a invasão russa da Ucrânia, com a possibilidade de que um acordo de paz alivie restrições ao petróleo russo, observa o banco.

O sentimento de baixa também é reforçado pelo desmonte acelerado dos cortes voluntários de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), de 2,2 milhões de barris por dia, apontam analistas.

Na semana passada, os estoques de petróleo bruto dos EUA recuaram 6,014 milhões de barris, bem acima da queda projetada de 1,5 milhão. O movimento refletiu a queda das importações e o avanço das exportações, conforme dados divulgados na quarta pelo Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês).

Por Petro Lima. Com informações da Dow Jones Newswires.

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