O diretor-geral da Confederação da Indústria Britânica (CBI), Tony Danker, disse nesta segunda (10) que sem ação comercial, o caminho para emissões líquidas zero permanecerá indefinido.
Ele acredita que as empresas terão um papel fundamental na descoberta de como fazer a transição econômica e social para um mundo descarbonizado.
“Se nossos 7 países – se nossas 7 comunidades de negócios não liderarem esse esforço, quem o fará?”, questionou.
Danker abriu a cúpula do Business 7 (B7), evento virtual que começou hoje e se estenderá até quarta-feira reunindo organizações empresariais de todos os países do G7, com a presença também de ministros de Estado.
“Os desafios que enfrentamos – Covid, recuperação, mudança climática – precisam que os líderes se apoiem, não se afastem”, defendeu.
Danker afirmou ainda que os países precisam abandonar o protecionismo para colaborar em torno de objetivos comuns e assumir compromissos reais para trabalhar em conjunto.
“Sabemos que a crise climática não será resolvida por nenhuma nação sozinha. E precisamos ver uma mudança sísmica. Com os países do G7 se reunindo, garantindo compromissos e discutindo ideias”, defendeu.
O executivo também apontou a tecnologia de captura de carbono, em países de alta emissão, como uma tecnologia emergente e vital para os compromissos climáticos.
“Uma ideia que já foi radical, agora é vital para o nosso futuro como parte do nosso caminho para a cúpula do clima COP26”, disse.
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Momento único
Os líderes de negócios e da indústria que participam da cúpula B7 desta semana serão incentivados a acelerar um momento “único na vida” para aproveitar as oportunidades de transição para economia de zero carbono, ou net-zero.
Segundo o CBI, desde que o Reino Unido assumiu a presidência do G7 em janeiro de 2021, houve um aumento de 47% nas principais empresas que se inscreveram na campanha Race to Zero (corrida para o zero) das Nações Unidas.
Essas empresas cobrem mais de US$ 13 trilhões em capital de mercado e empregam mais de 19 milhões de funcionários em todo o mundo.
Até hoje, mais de 2.000 empresas de 84 países se comprometeram com um futuro líquido zero.
“215 das maiores empresas do mundo têm quase US$ 1 trilhão em risco de impactos climáticos. No entanto, essas mesmas empresas têm o potencial de ganhar o dobro dessa quantia com a mudança para economias verdes”, estimou Alok Sharma, presidente designado da COP26.
“Participar do Race to Zero é uma declaração clara de que você pode ver as possibilidades que nosso futuro verde apresenta. E que você está determinado a aceitá-los. E diz a seus clientes que você leva a sério uma ação climática genuína”, completou.
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