A Hungria teve parte do fornecimento de petróleo interrompido após um ataque ucraniano à estação de bombeamento Nikolskoe, na Rússia.
Em comunicado no Telegram, as Forças Armadas da Ucrânia informaram que realizaram um ataque à estação de bombeamento de petróleo com drones e que “o bombeamento de petróleo pelo oleoduto principal ‘Druzhba’ foi completamente interrompido”.
O ataque, segundo o comunicado do exército ucraniano, visa reduzir o potencial militar e econômico da Rússia, “com o objetivo de encerrar totalmente a agressão armada contra a Ucrânia”.
O ministro das Relações Exteriores da Hungria, Szijjártó Peter, afirmou em sua conta no Facebook que o “novo ataque à nossa segurança energética é revoltante e inaceitável!”, acrescentando que “esta não é a nossa guerra, não temos envolvimento algum e queremos permanecer fora dela”.
Ele ainda lembrou que grande parte do fornecimento de eletricidade da Ucrânia vem da Hungria e que o dever dele “é priorizar o interesse da Hungria!”.
Em resposta, o ministro ucraniano Andrii Sybiha disse que “quem começou esta guerra e se recusa a encerrá-la foi a Rússia, não a Ucrânia” e criticou a Hungria por manter dependência da Rússia, mesmo depois do início da guerra “em grande escala”.
Ele acrescentou que Budapeste pode “enviar suas reclamações e ameaças aos seus amigos em Moscou”.
Segundo o texto do ministro húngaro, o vice-ministro de Energia da Rússia, Pavel Sorokin, garantiu que especialistas estão trabalhando para restaurar o mais rápido possível a subestação transformadora essencial para o funcionamento do oleoduto, mas ainda não há previsão de retomada do transporte.
Por Pedro Lima