Interrupção da produção

ANP paralisa FPSO Peregrino em meio à venda do campo da Equinor para a Prio

Operação no campo da Bacia de Campos deve ficar suspensa de 3 a 6 semanas, enquanto Equinor e Prio preparam a transição da operação após venda por US$ 3,35 bilhões

A nova concepção da PPSA frente à experiência norueguesa. Na imagem: FPSO instalado no campo de Peregrino, operado pela Equinor na Bacia de Campos (Foto: Øyvind Hagen/Equinor)
FPSO instalado no campo de Peregrino, operado pela Equinor na Bacia de Campos (Foto: Øyvind Hagen/Equinor)

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) determinou a interdição do FPSO Peregrino, operado pela Equinor, na sexta-feira (15/8). Segundo despacho da Superintendência de Segurança Operacional, o bloqueio decorre de falhas na documentação de gestão e análise de risco e de ajustes necessários no sistema de dilúvio.

De acordo com a Prio, parceira no consórcio e futura operadora do campo, os trabalhos de adequação devem levar entre três e seis semanas. A companhia informou em nota que acompanha as medidas em conjunto com a norueguesa e que está contribuindo com recursos para o cumprimento das exigências da ANP.

O campo Peregrino, localizado na Bacia de Campos, está em processo de mudança de controle. A Equinor firmou acordo para vender sua participação de 60% no ativo à Prio por US$ 3,35 bilhões, além de até US$ 150 milhões em juros.

O fechamento da transação depende de aprovações regulatórias e legais. A Equinor será responsável pela operação até a conclusão do negócio, quando a Prio assumirá integralmente o ativo. 

O campo produz petróleo pesado desde 2009, com cerca de 300 milhões de barris acumulados até o momento. O sistema é composto por um FPSO e três plataformas fixas. No primeiro trimestre de 2025, a produção em Peregrino foi de aproximadamente 55 mil barris/dia, segundo a Equinor.

A Prio já havia adquirido, em 2024, a fatia de 40% que pertencia à Sinochem por US$ 1,915 bilhão, quando se tornou sócia da Equinor no campo.

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