RIO — A Petrobras e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) chegaram a um acordo sobre a data para a realização da Avaliação Pré-Operacional (APO) para a emissão da licença para a perfuração do poço exploratório bloco FZA-M-59, na bacia da Foz do Amazonas, segundo a diretora de Exploração e Produção da estatal, Sylvia dos Anjos.
A data de início da APO ainda vai ser divulgada pelo órgão ambiental.
Técnicos da estatal e do Ibama tiveram uma reunião nesta terça-feira (12/8) para a petroleira apresentar os planos para a avaliação.
Na prática, a APO é um simulado de emergência de vazamento de petróleo. A previsão é que a avaliação dure de três a quatro dias.
“Estamos mais perto do que estávamos. Estou otimista”, afirmou a diretora a jornalistas em evento da S&P Global Commodity Insights no Rio de Janeiro.
Segunda a executiva, após a realização da APO a previsão é que a licença saia em “poucos dias”. Ela lembrou que a sonda já vai estar na locação da perfuração para a realização da avaliação.
A Petrobras corre contra o tempo para realizar a perfuração, pois o contrato da sonda deslocada para o Amapá para a atividade vai vencer em outubro. Além disso, a companhia tem um custo diário de R$ 4,6 milhões com a sonda e embarcações de apoio deslocados para a região Norte para a atividade.
A companhia chegou a pedir ao Ibama a antecipação da reunião sobre a APO para o dia 4 de agosto, mas o pedido foi negado.
A estatal mobilizou o navio-sonda NS-42, da Foresea, que está na costa do Pará; três helicópteros; seis embarcações de emergência; seis embarcações de atendimento à fauna; dois Centros de Atendimento à Fauna em Oiapoque (AP) e Belém (PA); e os profissionais envolvidos na operacionalização desses recursos.
Este será o primeiro de seis poços exploratórios que a Petrobras planeja perfurar até 2029 em águas profundas na Bacia da Foz do Amazonas, principal aposta da estatal para reposição de reservas na próxima década.