Barril cai na semana

Petróleo fecha sem direção única e registra queda semanal de 5% de olho na Rússia

Brent sobe 0,24%, a US$ 66,59, e interrompe sequência de quedas, após fraqueza do dólar e expectativa de reunião entre Trump e Putin

Presidente russo Vladimir Putin, em 22 de agosto de 2023 (Foto Wikimedia Commons)
Presidente russo Vladimir Putin (Foto Wikimedia Commons)

Os contratos futuros de petróleo fecharam sem direção única nesta sexta-feira (8/8), após seis sessões consecutivas de baixa, em meio à renovada fraqueza do dólar e avanços para uma conversa entre os líderes da Rússia e dos EUA, bem como as novas ameaças de Israel sobre a Faixa de Gaza.

Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para outubro teve alta de 0,24% (US$ 0,16), a US$ 66,59 o barril, enquanto o petróleo WTI para setembro, negociado na Nymex, fechou estável, a US$ 63,88 o barril. Na semana o Brent cedeu 4,42% e o WTI, 5,12%, na maior queda semanal desde o fim de junho.

A decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) de aumentar ainda mais a produção em setembro e o anúncio de tarifas secundárias menores do que o esperado por Trump sobre a Índia por conta da compra de petróleo russo resultaram em uma combinação negativa para os preços da commodity na semana, diz a Capital Economics.

Um encontro entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o da Rússia, Vladimir Putin, está provisoriamente agendado para o fim da próxima semana, segundo a Fox News, indicando um possível caminho para o fim da guerra na Ucrânia.

Todavia, Moscou pode ser alvo de sanções secundárias por Washington ainda hoje, já que o prazo imposto por Trump para que a Rússia alcance um acordo de cessar-fogo com Kiev termina nesta sexta-feira (8/8).

No Oriente Médio, as tensões foram renovadas depois que o Gabinete de Segurança de Israel aprovou um plano para tomar a Cidade de Gaza, segundo o gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

No radar, a ExxonMobil iniciou nesta sexta produção em Yellowtail, o quarto desenvolvimento de petróleo no bloco offshore da Guiana, elevando a capacidade total instalada no país para acima de 900.000 barris por dia, de acordo com a empresa.

Por Thais Porsch

Inscreva-se em nossas newsletters

Fique bem-informado sobre energia todos os dias