O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, conversaram por telefone nesta quarta-feira (7/8) e trataram da resposta conjunta ao avanço de barreiras comerciais unilaterais, em um momento em que Brasil e Índia se colocam entre os países mais impactados pelas novas medidas.
Também ficou acertada uma visita do mandatário brasileiro a Nova Délhi no início de 2026, precedida por uma missão chefiada pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) Geraldo Alckmin (PSB) em outubro deste ano.
Segundo nota do Planalto, os dois líderes “reafirmaram a importância em defender o multilateralismo e a necessidade de fazer frente aos desafios da conjuntura” global.
Também avaliaram alternativas para ampliar a integração entre os dois países, com destaque para os setores de energia, minerais estratégicos, digitalização, defesa e saúde.
A delegação brasileira que acompanhará Alckmin em outubro deverá participar da próxima reunião do Mecanismo de Monitoramento de Comércio. Estão previstas discussões sobre expansão da parceria comercial, inclusive por meio do acordo entre o Mercosul e a Índia, afirma o governo brasileiro.
Durante a conversa, os chefes de estado voltaram a mencionar a meta conjunta de elevar o intercâmbio comercial para mais de US$ 20 bilhões até o fim da década. Segundo o Planalto, houve ainda troca de informações sobre os sistemas de pagamento instantâneo dos dois países — o brasileiro Pix e a UPI da Índia.
Lula também destacou os principais resultados da visita do premiê indiano ao Brasil, ocorrida em 8 de julho, e propôs colaboração mútua na transição da presidência rotativa do Brics, que passará ao governo de Modi em 2026.