Fornecimento de GNL

Ataque russo compromete abastecimento de gás na Ucrânia

Bombardeio atinge estrutura da Ucrânia usada para importar GNL dos EUA e do Azerbaijão e compromete preparativos para o inverno europeu

Discurso do Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, "A diplomacia só será forte com posições fortes na linha da frente", em 9/3/2025 (Foto PR)
Volodymyr Zelensky durante o discurso "A diplomacia só será forte com posições fortes na linha da frente", em 9 de março de 2025 (Foto PR)

Um ataque russo danificou nesta quarta-feira (6/7) uma estação de bombeamento de gás natural na região de Odessa, no sul da Ucrânia, utilizada para o recebimento de gás natural liquefeito (GNL) via rota sul-europeia, segundo autoridades ucranianas. A infraestrutura é considerada estratégica para os preparativos do país para o período de inverno.

O Ministério da Energia da Ucrânia informou que o local atacado integra o sistema que liga terminais de GNL na Grécia às unidades de armazenamento ucranianas. A estrutura já havia sido usada para importar gás dos Estados Unidos e testar o recebimento de volumes provenientes do Azerbaijão.

“Este é um ataque russo puramente contra a infraestrutura civil, visando deliberadamente o setor de energia e, ao mesmo tempo, as relações com o Azerbaijão, os EUA e parceiros na Europa, bem como a vida normal dos ucranianos e de todos os europeus”, afirmou o ministério.

A estação, localizada no vilarejo de Novosilske, perto da fronteira com a Romênia, faz parte do interconector de Orlovka, ponto de entrada do gás importado pela rota Transbalcânica.

“Isso foi um golpe deliberado em nossos preparativos para a temporada de aquecimento, absolutamente cínico, como todo golpe russo no setor de energia”, afirmou o presidente Volodymyr Zelensky, em publicação no Telegram.

A produção interna de gás na Ucrânia já havia sido comprometida por bombardeios anteriores ao longo do ano, agravando o risco de escassez para o próximo inverno. A agência estatal russa Tass relatou que o Ministério da Defesa da Rússia confirmou o ataque.

A Reuters, que antecipou a notícia, informou que não foi possível verificar de forma independente os detalhes do ocorrido.

Com informações da Agência Brasil e da Reuters.

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