Big techs integram aliança de compradores de combustíveis sustentáveis para aviação

Big techs integram aliança de compradores de combustíveis de aviação sustentável
Imagem de WikimediaImages por Pixabay

O Fundo de Defesa Ambiental dos Estados Unidos (EDF, em inglês) e o Rocky Mountain Institute (RMI) lançaram na semana passada uma aliança para impulsionar investimentos em combustíveis de aviação sustentáveis (SAF).

A iniciativa conta com apoio da fabricante de aeronaves Boeing, empresas de consultoria e serviços financeiros (BCG, Deloitte, JPMorgan Chase) e de big techs como Microsoft, Netflix e Salesforce.

Segundo o portal Biofuels International, a Aliança de Compradores de Aviação Sustentável (SABA, em inglês) tem como missão acelerar o caminho para a aviação com emissões líquidas zero, por meio de inovação tecnológica e apoio à construção de políticas para o setor.

“A SABA dá impulso às parcerias existentes entre companhias aéreas que apoiam a compra de combustíveis sustentáveis ​​para aviação, muitos dos quais buscam uma abordagem mais escalonável e padronizada, estabelecendo um sistema de certificação SAF com critérios ambientais robustos”, explica Kelley Kizzier, vice-presidente do programa Global Climate da EDF.

De acordo com Kizzier, o sistema proposto vai rastrear e verificar as reduções de emissões do SAF para que empresas, organizações e até mesmo viajantes individuais possam alcançar seus objetivos climáticos.

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Potencial para SAF no Brasil

No Brasil, uma iniciativa da RSB — Roundtable on Sustainable Biomaterials (mesa redonda sobre biomateriais sustentáveis, em tradução livre) está mapeando matérias-primas sustentáveis para produção de bioquerosene.

Na semana passada, a RSB divulgou um levantamento que identificou no Brasil um potencial para produção de até 9 bilhões de litros de SAF a partir de resíduos.

O volume seria suficiente para abastecer o mercado interno e destinar parte para exportação, já que, em 2019, antes da pandemia de covid-19, a demanda por querosene fóssil de aviação no Brasil ficou em cerca de 7,2 bilhões de litros.

O estudo faz parte do projeto Fuelling the Sustainable Bioeconomy, financiado pela Boeing Global Engagement, que busca criar bases técnicas, políticas e econômicas para alavancar o desenvolvimento do setor de aviação no Brasil, África do Sul e Etiópia.

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