Negociações globais

Petróleo fecha em alta de 2% após nova ameaça de Trump à Rússia e acordo entre EUA e UE

Brent avança 2,45%, a US$ 69,32, com ameaça de sanções contra Moscou, pacto comercial com UE e reunião entre EUA e China em Estocolmo

Donald Trump fala durante o 'AI Summit' da Casa Branca, no Andrew W. Mellon Auditorium, em Washington/DC, em 23 de julho de 2025 (Foto Joyce N. Boghosian/Oficial Casa Branca)
Donald Trump fala durante o 'AI Summit' da Casa Branca, em Washington/DC, em 23 de julho de 2025 (Foto Joyce N. Boghosian/Oficial Casa Branca)

Os contratos futuros do petróleo fecharam em alta nesta segunda-feira (28/7), com o presidente americano, Donald Trump, afirmando que encurtará para até 12 dias o prazo para que o presidente russo, Vladimir Putin, chegue a uma trégua com a Ucrânia.

A commodity também encontrou suporte no acordo fechado entre os EUA e a União Europeia (UE) e na reunião de autoridades americanas e chinesas em Estocolmo.

Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para outubro teve alta de 2,45% (US$ 1,66), a US$ 69,32 o barril, enquanto o petróleo WTI para setembro, negociado na Nymex, avançou 2,37% (US$ 1,55), a US$ 66,71 o barril.

Trump reafirmou nesta segunda-feira (28/7) sua intenção de reduzir o prazo de 50 dias para que a Rússia alcance um acordo com a Ucrânia e, caso contrário, irá impor sanções secundárias para Moscou. Segundo ele, um novo prazo virá para daqui “uns 10 ou 12 dias”.

Em resposta, o vice-chefe do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, alegou que o “ultimato” dado pelo republicano é uma “ameaça rumo à guerra” com os EUA.

Se Trump levar adiante sua ameaça de tarifas secundárias — levando a uma queda acentuada nos fluxos de energia russos —, isso invariavelmente levaria a preços globais de energia mais altos, diz a Capital Economics.

A Rússia já proibiu os produtores de gasolina de exportar o combustível até o final de agosto para atender à demanda acelerada, depois que ataques de drones e sanções ocidentais interromperam temporariamente a manutenção sazonal, afirma a Bloomberg.

Investidores também digeriram o acordo fechado ontem entre a UE e os EUA. Segundo a Casa Branca, o bloco deve investir US$ 600 bilhões no país ao longo do mandato do presidente Trump e comprar US$ 750 bilhões em energia americana até 2028.

Sobre as negociações de Washington e Pequim, Trump declarou que “gostaria que os chineses abrissem o país”.

No radar, um painel da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) reforçou hoje a necessidade de que todos os países participantes do acordo de cooperação comecem a cumprir integralmente os cortes de produção de óleo combinados.

Por Thais Porsch.

Inscreva-se em nossas newsletters

Fique bem-informado sobre energia todos os dias