JUIZ DE FORA — A Refinaria Henrique Lage (Revap), em São José dos Campos (SP), registrou no primeiro semestre de 2025 os maiores volumes de produção de diesel S-10 e querosene de aviação (QAV) da sua história, afirma a Petrobras.
Segundo a estatal, entre janeiro e junho, foram produzidos cerca de 1,2 bilhão de litros de diesel S-10, superando o recorde anterior alcançado no mesmo período de 2024.
O volume seria suficiente para abastecer cerca de 3 milhões de ônibus com tanques de 400 litros, estima a companhia.
A produção de querosene — incluindo Jet-A, querosene iluminante e solvente médio — chegou a aproximadamente 1,1 bilhão de litros, também superando o desempenho do ano anterior.
No mesmo período, de acordo com a Petrobras, a Revap operou com um fator de utilização total (FUT) de 97,55%, o melhor desempenho desde 2015, quando a planta voltou a operar com capacidade de 40 mil m3/dia.
A unidade também registrou disponibilidade operacional de 97,29%, próxima do limite técnico máximo estimado em 97,58%. Segundo o gerente geral da Revap, Alexandre Coelho Cavalcanti, o desempenho foi impulsionado por melhorias no plano de confiabilidade e pela capacidade da unidade de processar petróleo do pré-sal.
“A produção recorde da Revap em combustíveis, como o diesel S10 e o querosene, gera benefícios concretos para os brasileiros: movimenta a economia, fortalece cadeias produtivas locais e contribui para a segurança energética do país”, afirmou o executivo.
O desempenho da Revap ocorre em paralelo à entrada em operação de uma nova Unidade de Hidrotratamento de Diesel (HDT-D) na Refinaria de Paulínia (Replan), maior do país em capacidade de processamento.
A nova unidade permitirá aumentar a produção de diesel S-10 em até 63 mil barris por dia e a de querosene de aviação em até 21 mil barris por dia, de acordo com a Petrobras. A expansão faz parte da estratégia da companhia de substituir o diesel S-500, com maior teor de enxofre, pelo S-10, que atende a padrões mais rígidos de emissões.
O Plano Estratégico 2025–2029 da Petrobras prevê US$ 20 bilhões em investimentos em refino, transporte e comercialização para ampliar a capacidade de produção de combustíveis com menor impacto ambiental, como o diesel S-10, e posicionar as refinarias brasileiras entre as mais eficientes do mundo.