CAMPINAS — O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) emitiu no sábado (12/7) a licença de instalação para o trecho offshore do gasoduto do Projeto Raia, operado pela Equinor no pré-sal da Bacia de Campos.
Será o primeiro projeto no Brasil a tratar o gás no mar, no FPSO Raia. A conexão à malha nacional não vai demandar processamento adicional em terra.
A parte marítima do gasoduto terá 200 quilômetros e vai escoar a molécula do navio-plataforma até o Terminal de Cabiúnas, em Macaé (RJ). Já os líquidos serão descarregados por meio de navios aliviadores.
O trecho terrestre do projeto será executado pela Azevedo & Travassos Infraestrutura, que assinou, em 2024, um contrato de R$ 505 milhões para as obras de 4,5 quilômetros.
Uma das principais apostas para a expansão da produção nacional de gás, o projeto terá capacidade de escoar 16 milhões de m³/dia de gás natural.
Segundo a presidente da Equinor no Brasil, Verônica Coelho, o projeto deve suprir 15% da demanda brasileira de gás natural quando entrar em operação, em 2028.
A Equinor opera a área em parceria com a Repsol Sinopec (35%) e a Petrobras (30%).
Raia vai fornecer gás para Comgás
A Equinor já assinou com a Comgás um contrato para comercialização do gás natural do Projeto de Raia durante dez anos, com uma curva crescente de compromissos de fornecimento que começa em 50 mil m³/dia e atinge, no pico, 1 milhão m³/dia.
O acordo é um marco importante para a monetização do gás do projeto BM-C-33 pela produtora norueguesa.