Liderança feminina

Petrobras elege Angélica Laureano como nova diretora de Transição Energética

Executiva assume área responsável por renováveis, gás e descarbonização; diretoria passa a ter maioria feminina pela primeira vez na história da estatal

Diretoras da Petrobras Clarice Coppetti, Angelica Laureano, Renata Baruzzi, Magda Chambriard (CEO) e Sylvia Anjos (Foto Eduardo Gaspar/Agência Petrobras)
Diretoras da Petrobras Clarice Coppetti, Angelica Laureano, Renata Baruzzi, Magda Chambriard (CEO) e Sylvia Anjos (Foto Eduardo Gaspar/Agência Petrobras)

O Conselho de Administração da Petrobras aprovou nesta sexta-feira (11/7) o nome de Angélica Garcia Cobas Laureano para a diretoria executiva de Transição Energética e Sustentabilidade. A engenheira será responsável por projetos ligados a energias renováveis, gás natural, descarbonização e metas climáticas da estatal.

Com a nomeação, a diretoria executiva da estatal passa a contar com cinco mulheres — entre nove integrantes —, incluindo a presidente Magda Chambriard. É a primeira vez que as diretoras (Clarice Coppetti, Renata Baruzzi e Sylvia Anjos) superam em número os diretores homens na alta gestão da companhia.

Angélica tem 45 anos de trajetória profissional, dos quais 37 na Petrobras. Atuou em áreas como abastecimento, materiais, gás e energia. Presidiu a Gaspetro e, atualmente, comanda a Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG).

A diretoria que assumirá foi criada em abril de 2023 para concentrar as iniciativas da empresa na agenda de transição energética, e era até então ocupada por Mauricio Tolmasquim. A estrutura engloba ações climáticas, pesquisa e inovação, produção de combustíveis de menor intensidade de carbono e novas fontes renováveis.

“Seguiremos investindo fortemente em projetos de descarbonização, na produção de combustíveis mais sustentáveis e na diversificação de fontes de energia renovável. Como líderes na transição energética, reiteramos o compromisso de zerar nossas emissões operacionais, o net zero, até 2050”, afirmou Angélica Laureano.

A nomeação foi submetida ao processo interno de governança da companhia, com análise de conformidade e integridade, afirma a petrobras. O mandato vai até abril de 2027.

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, destacou o impacto simbólico da nova composição.

“Estamos comprometidas em ampliar a participação feminina em todos os setores da Petrobras porque acreditamos que o ambiente de trabalho é mais saudável e produtivo quando há diversidade na equipe. Espero que possamos inspirar outras mulheres a almejarem posições de liderança, especialmente no setor de petróleo e gás, ainda majoritariamente masculino”.

Segundo a Petrobras, a nova formação da Diretoria Executiva da companhia, agora com maioria de mulheres, sinaliza o esforço da estatal por maior diversidade e equilíbrio de gênero em cargos de liderança.

De acordo com um levantamento da B3 divulgado em 2024, apenas 6% das 359 empresas listadas na bolsa têm ao menos três mulheres em cargos de diretoria estatutária. Em 59% delas, não há nenhuma mulher nesse nível hierárquico.

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