O mercado livre de energia e a geração distribuída seguirão complementares mesmo após a abertura total prevista pela reforma do setor, avalia a diretora de marketing e growth da (re)energisa, Camila Schoti, em entrevista ao estúdio eixos na sexta-feira (4/7), durante a EVEx Brasil 2025 – Natal Energy Experience.
A (re)energisa é um braço do grupo Energisa em GD e soluções no mercado livre de energia. Assim, dependendo das necessidades de cada cliente, a receita é diferente.
“Eu tenho que olhar para o cliente, entender a necessidade dele, qual é a solução que ele precisa, e então poder dizer como eu entrego o máximo de valor para ele, seja GD, seja mercado livre”, disse.
Para a alta e a média tensão, o mercado livre são as opções mais difundidas. Na baixa tensão, onde estão os clientes residenciais, a GD passa a ser um modelo interessante.
“Estamos nos posicionando e olhando para esse mercado de clientes menores que deve se tornar maior e mais amplo e mais livre em breve”, disse.
A partir de 2026, a migração ao mercado livre será possível para os clientes na média e na baixa tensão, conforme a previsão da MP 1300/2025.
A (re)energisa já estava se preparando para uma nova leva de clientes em potencial, mesmo antes da previsão. O foco seguirá nas soluções para cada perfil de consumidor.
“A ideia é olhar para, para a necessidade individual. Por exemplo, para um cliente de baixa tensão, digamos que o mercado está aberto, eu vou olhar para esse cliente e vou dizer, qual o atributo que ele está buscando? Digamos que ele queira economia na conta. O que eu vou ter que fazer é saber qual é a melhor forma de oferecer economia”, afirmou.
A empresa oferece serviços para 16 mil clientes. Na área de geração distribuída, são 440 megawatt/pico (MWp) de capacidade instalada.
As fazendas solares do grupo ocupam uma área equivalente a 300 estádios do Maracanã e estão instaladas nos estados de Minas Gerais, Ceará, Pernambuco, São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.