A Petrobras aumentou nesta terça-feira (1º/7) o preço do querosene de aviação (QAV) em suas refinarias em 2,8%, em média, dependendo do mercado, após ter reduzido o combustível em 7,9% no mês passado.
O aumento reflete a volatilidade do preço do petróleo no mercado internacional, que chegou a bater os US$ 77 o barril do tipo Brent em meados de junho.
Os reajustes do QAV são feitos sempre no primeiro dia do mês, por contrato, ao contrário do diesel e da gasolina, que são reajustados de acordo com a estratégia comercial da estatal.
A gasolina não é reajustada há 28 dias e está 4% mais cara do que no mercado internacional e o diesel registra defasagem de 10% na mesma comparação, sendo o último movimento feito há 56 dias, uma queda de R$ 0,17 por litro.
Queda do petróleo alivia pressão sobre a Petrobras
A diferença entre os preços do diesel e da gasolina praticados pela Petrobras e as cotações internacionais voltou a recuar após a queda do petróleo na segunda passada (23/5), reflexo do anúncio de cessar-fogo entre Israel e Irã feito pelo presidente norte-americano Donald Trump.
Segundo a Abicom, a defasagem do diesel caia para 12% em relação ao Golfo do México — referência para importadores — e para 11% no caso da Refinaria de Mataripe (BA). Já a gasolina apresentava diferença de apenas 3%.
A redução confirma a expectativa da presidente da Petrobras, Magda Chambriard, de que os preços tenderiam a cair com o fim do conflito. Ainda assim, a janela de importação para ambos os combustíveis segue fechada