A alta de 3,29% na energia elétrica residencial foi o principal fator de pressão sobre o IPCA-15 de junho, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (26/6) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Foi o item com o maior impacto individual no índice, pesando em 0,13%.
A elevação reflete a entrada em vigor da bandeira tarifária vermelha patamar 1, que impôs cobrança adicional de R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos.
A inflação medida pelo IPCA-15 foi de 0,26% em junho. Dentro da estrutura do índice, o grupo Habitação apresentou aceleração de 0,67% em maio para 1,08% neste mês, respondendo por 0,16% do total.
Além da cobrança extra nas contas de luz, o IBGE destacou reajustes tarifários regionais: 7,36% em Belo Horizonte a partir de 28 de maio; 3,33% em Recife em 29 de abril; 2,07% em Salvador em 22 de abril; e queda de 1,68% em Fortaleza, também a partir de 22 de abril.
Outros componentes do grupo Habitação também registraram aumento. A tarifa de água e esgoto subiu 0,94 ponto percentual, com impacto de 0,02% no IPCA-15, puxada por reajustes de 9,88 p.p. em Brasília (1º de junho), 3,83% em Curitiba (17 de maio), 9,98 p.p. em Recife (26 de abril) e 6,58% em uma das concessionárias de Porto Alegre (4 de maio).
O gás canalizado teve alta de 0,13% em junho, resultado do reajuste médio de 0,77% no Rio de Janeiro, em vigor desde 1º de maio.
Ônibus urbano e passagem aérea pressionam inflação
Os gastos das famílias com Transportes passaram de uma queda de 0,29% em maio para um aumento de 0,06% em junho, uma contribuição de 0,01 ponto porcentual para a taxa de 0,26% de inflação apurada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15.
O ônibus urbano avançou 1,39% (impacto de +0,02 p.p.) e o metrô subiu 1,22% (+0,01 %). O táxi teve elevação de 0,21 ponto porcentual, incorporando o reajuste médio de 8,71% nas tarifas em Belo Horizonte a partir de 7 de junho.
Após um recuo de 11,18% em maio, as passagens aéreas aumentam 0,81% em junho, contribuindo com 0,01 p.p. na inflação deste mês.
Na direção oposta, os combustíveis recuaram 0,69%. Houve quedas nos preços do óleo diesel (-1,74%), etanol (-1,66%), gasolina (-0,52%) e gás veicular (-0,33%).
As demais principais influências negativas partiram de arroz (queda de 3,44%), tomate (-7,24%) e ovo de galinha (-6,95%).
Com informações do Estadão Conteúdo.