RIO — A Petrobras vai começar a entregar combustível sustentável de aviação (SAF) coprocessado antes dos prazos para descarbonização do setor estipulados pelo Corsia, disse a presidente da companhia, Magda Chambriard.
A estatal prevê entregar querosene de aviação coprocessado com 1,2% de óleo vegetal ao mercado, produzido na Refinaria de Duque de Caxias (Reduc). A executiva criticou os pleitos para adiar os prazos definidos pelo Corsia.
“Postergar por quê? Nós temos, nos antecipamos, investimos e trabalhamos por isso”, disse a executiva em entrevista coletiva sobre o balanço de um ano de sua gestão à frente da empresa, nesta quarta-feira (18/6). “Agora que estamos preparados, vamos entregar”, acrescentou.
O SAF coprocessado é uma das 11 rotas para a produção de combustível de aviação sustentável aptas para contribuir nas metas de descarbonização do transporte aéreo, estipuladas no Corsia.
As metas obrigatórias de descarbonização na aviação entram em vigor a partir de 2027, quando as companhias aéreas vão precisar usar SAF ou comprar créditos de carbono para compensar emissões.
Maior planta de alcohol-to-jet do mundo
De olho na demanda futura para a descarbonização dos combustíveis de aviação, a Petrobras também avalia a construção de uma unidade de alcohol-to-jet para a produção de combustível de aviação 100% renovável na Refinaria de Paulínia (Replan) a partir de 2029.
Caso o investimento seja aprovado, a unidade seria a maior do mundo deste tipo, com capacidade para produzir 10 mil barris/dia.
“É uma característica muito forte de integração do refino com a vocação brasileira do agro”, disse o diretor executivo de Logística, Comercialização e Mercados, Claudio Schlosser.