Descarbonização

Petrobras vai antecipar entrega de combustível sustentável de aviação

Companhia avalia construção de planta de alcohol-to-jet para atender a demanda futura

Centro-Oeste pode justificar novos dutos, pelo aumento da demanda e potencial fornecimento para biorrefino, diz diretor da Petrobras. Na imagem: Diretor de Logística, Comercialização e Mercados da Petrobras, Claudio Schlosser, concede entrevista ao estúdio epbr durante a Rio Pipeline 2023 (Foto: Victor Cury/epbr)
Diretor de Logística, Comercialização e Mercados da Petrobras, Claudio Schlosser, vê potencial para investimentos em dutos no Centro-Oeste no futuro (Foto: Victor Cury/epbr)

RIO — A Petrobras vai começar a entregar combustível sustentável de aviação (SAF) coprocessado antes dos prazos para descarbonização do setor estipulados pelo Corsia, disse a presidente da companhia, Magda Chambriard. 

A estatal prevê entregar querosene de aviação coprocessado com 1,2% de óleo vegetal ao mercado, produzido na Refinaria de Duque de Caxias (Reduc). A executiva criticou os pleitos para adiar os prazos definidos pelo Corsia.

“Postergar por quê? Nós temos, nos antecipamos, investimos e trabalhamos por isso”, disse a executiva em entrevista coletiva sobre o balanço de um ano de sua gestão à frente da empresa, nesta quarta-feira (18/6). “Agora que estamos preparados, vamos entregar”, acrescentou. 

O SAF coprocessado é uma das 11 rotas para a produção de combustível de aviação sustentável aptas para contribuir nas metas de descarbonização do transporte aéreo, estipuladas no Corsia. 

As metas obrigatórias de descarbonização na aviação entram em vigor a partir de 2027, quando as companhias aéreas vão precisar usar SAF ou comprar créditos de carbono para compensar emissões. 

Maior planta de alcohol-to-jet do mundo

De olho na demanda futura para a descarbonização dos combustíveis de aviação, a Petrobras também avalia a construção de uma unidade de alcohol-to-jet para a produção de combustível de aviação 100% renovável na Refinaria de Paulínia (Replan) a partir de 2029.

Caso o investimento seja aprovado, a unidade seria a maior do mundo deste tipo, com capacidade para produzir 10 mil barris/dia.

“É uma característica muito forte de integração do refino com a vocação brasileira do agro”, disse o diretor executivo de Logística, Comercialização e Mercados, Claudio Schlosser.

Inscreva-se em nossas newsletters

Fique bem-informado sobre energia todos os dias