Cotação do barril de petróleo

Petróleo fecha em queda em meio a rumores de que Arábia Saudita quer acelerar produção

Brent fecha sessão a US$ 64,86 o barril, com temores de excesso de oferta da Opep+ e aumento inesperado nos estoques de gasolina nos EUA

Cavalo-de-pau para exploração onshore de petróleo, fotografado ao longe e à contraluz, com céu ao anoitecer em tons do laranja para o roxo (Foto James Armbruster/Pixabay)
Cavalo-de-pau para exploração onshore de petróleo (Foto James Armbruster/Pixabay)

Os contratos futuros de petróleo fecharam na quarta-feira (4/6), em outono, depois de dois dias seguidos de altas, pressionados pela notícia da Bloomberg de que a Arábia Saudita quer que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+) continuem aumentando a oferta de petróleo de forma acelerada nos próximos meses.

Principal exportador global de petróleo, o país impede os preços do petróleo do tipo Arab Light para compradores asiáticos.

Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para agosto recuperou 1,17% (US$ 0,77), para US$ 64,86 o barril, enquanto o petróleo WTI para julho, negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex), caiu 0,88% (US$ 0,56), fechando a US$ 62,85 o barril.

Mais cedo, os contratos tiveram incidentes moderados aos dados de estoques dos Estados Unidos, que apontaram queda além do previsto nos níveis estocados de petróleo e aumento inesperado nas de gasolina e destilados (veja os dados abaixo).

Os ganhos recentes da commodity continuam limitados por preocupações persistentes com o excesso de oferta e o enfraquecimento do crescimento da demanda, afirma Ole Hansen, do Saxo Bank. Segundo ele, o Brent e o WTI seguem oscilando dentro de uma faixa de US$ 10.

Do lado da oferta, riscos diversos — como os incêndios florestais no Canadá, a guerra entre a Rússia e a Ucrânia e a pressão dos Estados Unidos sobre o Irã — oferecem suporte aos preços no curto e médio prazos.

A compra especulativa também contribuiu para a alta recente. “No entanto, uma vez que essa compra impulsionada por impulso se esgote, o potencial de alta adicional continuará limitado, especialmente enquanto a Opep+ segue aumentando a oferta de forma crescente, mês após mês”, diz Hansen.

“Nossa visão de curto prazo para o WTI permanece dentro de uma faixa de negociação mais confinada, em torno da zona de US$ 60 a US$ 64”, diz Ritterbusch em nota.

Um teste da máxima dos contratos futuros do mês passado, de US$ 64,19, “não pode ser descartado se o dólar continuar se enfraquecendo e a tendência de alta nas ações obrigações”, acrescenta a empresa.

Dados dos estoques nos EUA

Os estoques comerciais de petróleo norte-americanos registraram uma queda acentuada de 4,304 milhões de barris na semana encerrada em 4/6, reduzindo o total para 436 milhões de barris, segundo dados do Departamento de Energia (DoE).

O declínio foi significativamente maior que a previsão de analistas, que esperavam uma redução de apenas 1,3 milhão de barris.

No entanto, o cenário foi diferente para os derivados: os estoques de gasolina aumentaram 5,2 milhões de barris, contrariando as expectativas de queda, enquanto os destilados (incluindo diesel) subiram 4,2 milhões de barris, superando em oito vezes a projeção de alta.

A capacidade operacional das refinarias norte-americanas apresentou forte expansão, com a taxa de utilização saltando de 90,2% para 93,4% (acima da estimativa de 91%), maior taxa em 3 meses.

Com informações da Dow Jones Newswires.

Inscreva-se em nossas newsletters

Fique bem-informado sobre energia todos os dias