Os contratos futuros de petróleo voltaram a fechar em queda nesta sexta-feira (30/5), encerrando uma segunda semana consecutiva de perdas, enquanto o mercado espera que os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), que se reúnem amanhã, decidam aumentar suas metas de produção em pelo menos 411 mil barris por dia em julho.
O aumento se soma a elevações semelhantes em maio e junho.
Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para agosto recuperou 0,90% (US$ 0,57), para US$ 62,78 o barril, enquanto o petróleo WTI para julho, negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex), caiu 0,25% (US$ 0,15), fechando a US$ 60,79 o barril.
Na semana, o Brent cedeu cerca de 2,75% e o WTI, 1,7%. No mês, o Brent registrou alta de 3,2% e o WTI avançou 5,3%
O WTI ganhou fôlego e se atrasou a queda mais acentuada do Brent nesta sexta-feira (30), depois que o secretário de Energia dos EUA, Chris Wright, anunciou o cancelamento de cerca de US$ 3,7 bilhões em apoio governamental a projetos de energia limpa.
Os fatores baixistas que contribuíram para a liquidação neste ano — como as tarifas do presidente Donald Trump e o aumento da oferta da Opep+ — já podem estar precificados, dizem analistas do Citi no relatório.
Segundo eles, o petróleo encontrou suporte nos “riscos geopolíticos envolvendo o Irã e o conflito entre Rússia e Ucrânia, em estoques baixos, ainda a serem reabastecidos, e na forte demanda por comparações e margens de refino elevados”.
A ausência de um aumento significativo nas exportações da Opep+, apesar da reversão acelerada dos cortes de produção, reforçou a percepção de que o mercado talvez não fique tão abastecido quanto se esperava, afirma o relatório do Citi.
Além disso, os países do Oriente Médio estão ampliando seus estoques de petróleo bruto para atender ao aumento no consumo de combustíveis durante o verão, dizem os analistas.
O número de poços e plataformas de petróleo em atividade nos EUA caiu de 465 para 461, de acordo com informações da Baker Hughes, empresa que presta serviços ao setor.
Por Pedro Teixeira. Com informações da Dow Jones Newswires.