Brent

Petróleo fecha em alta, apesar de novas ameaças tarifárias, impulsionado por dólar fraco

Brent avança 0,45%, a US$ 64,21 o barril, impulsionado por dólar fraco e ajuste de posições antes do feriado nos EUA, apesar de tensões comerciais

Donald Trump durante coletiva de imprensa, na Sala Roosevelt da Casa Branca, em 12 de maio de 2025 (Foto Joyce N. Boghosian/Oficial Casa Branca)
Donald Trump durante coletiva de imprensa, na Sala Roosevelt da Casa Branca, em 12 de maio de 2025 (Foto Joyce N. Boghosian/Oficial Casa Branca)

Os contratos futuros do petróleo fecharam em alta nesta sexta-feira (23/5), revertendo três sessões consecutivas de queda, em um pregão volátil. A fraqueza do dólar e o movimento de ajuste de posições antes do feriado do Memorial Day, na próxima segunda-feira nos Estados Unidos, ajudaram a sustentar os preços, mesmo diante de incertezas sobre a política comercial norte-americana.

Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para agosto avançou 0,45% (US$ 0,29), para US$ 64,21 o barril, enquanto o petróleo WTI para julho, negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex), subiu 0,54% (US$ 0,23), fechando a US$ 61,53 o barril. No acumulado da semana, o Brent recuou 1,83% e o WTI caiu 0,71%.

Ao longo do dia, os preços chegaram a cair mais de 1%, pressionados pelas novas ameaças tarifárias do presidente Donald Trump à União Europeia (UE) e à Apple, além da perspectiva de aumento na produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+).

No entanto, o petróleo voltou a firmar ganhos com o enfraquecimento do dólar e a valorização de mais de 2% do cobre — ativo frequentemente negociado nas mesmas cestas que o óleo.

O mercado também demonstrou cautela com o feriado prolongado. “Não houve uma manchete específica para a reversão, mas a proximidade do Memorial Day trouxe recompra de posições vendidas, e o piso técnico de US$ 60,02 — o menor desde 9 de maio — pode ter atraído caçadores de barganhas”, destacou o estrategista da Pepperstone, Quasar Elizundia.

Segundo ele, o cenário geopolítico também contribui para o movimento de ajuste. “Com temas sensíveis no radar, como as negociações nucleares entre EUA e Irã e as conversas entre Rússia e Ucrânia, pode ser mais confortável entrar no fim de semana com uma posição mais equilibrada”, afirma.

Com informações da Dow Jones Newswires.

Inscreva-se em nossas newsletters

Fique bem-informado sobre energia todos os dias