RIO — O Porto do Pecém firmou nesta quarta (21/5), em Roterdã, na Holanda, um pré-contrato com a EDF para a implantação de um projeto industrial voltado à produção de hidrogênio verde.
Em 2023, a EDF Renewables Brasil — braço de energia renovável do grupo francês — e o governo do Ceará já haviam assinado um Memorando de Entendimento (MoU, na sigla em inglês) para cooperação na cadeia produtiva do hidrogênio verde.
“A assinatura desse pré-contrato com a EDF reafirma o posicionamento estratégico do Complexo do Pecém como polo de atração de investimentos sustentáveis e de alta tecnologia”, destaca Max Quintino, presidente do Complexo do Pecém.
“Esse é mais um passo decisivo para consolidar o Ceará como referência internacional na economia verde e impulsionar o desenvolvimento do nosso Hub de Hidrogênio Verde”, completa.
A EDF no Brasil
Com ambição de atingir 3 GW de eletrolisadores instalados mundialmente até 2030, o grupo EDF vê no Brasil um mercado estratégico.
A EDF Renewables possui uma carteira de cerca de 1,7 GW em projetos de geração eólica onshore e solar no país — somando iniciativas em operação, em construção ou já autorizada —, e estuda projetos híbridos que combinem eólicas offshore e produção de hidrogênio verde no Brasil.
Com o acordo assinado com a EDF, o Complexo do Pecém já soma sete pré-contratos firmados com empresas interessadas em instalar unidades de produção de hidrogênio verde no porto: Auren Energia (antiga AES Brasil), Casa dos Ventos, EDF, Fortescue, FRV, Voltalia e Fuella AS.
Juntas, essas iniciativas somam US$ 24 bilhões em investimentos previstos, segundo o Pecém.
Os pré-contratos representam reservas de áreas específicas, com as empresas já pagando aluguel enquanto finalizam seus projetos.
A expectativa é que, a partir deste ano, sejam tomadas as decisões finais de investimento e assinados os contratos definitivos, com início de produção previsto para 2030.