BRASÍLIA — O diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) Ricardo Tili participou nesta terça-feira (20/5) de sua última reunião no colegiado da agência. Com a troca na diretoria, 42 processos serão redistribuídos via sorteio.
O mandato de Tili foi de três anos, com início em maio de 2022. Em declarações recentes, o diretor expressou o desejo de deliberar sobre processos como a regulamentação do armazenamento de energia e do open energy, mas não houve tempo hábil para pautar os casos.
No discurso de despedida, Tili agradeceu colegas de diretoria e servidores da agência, além de falar sobre o trabalho realizado nos últimos anos.
“Foram 1.432 processos que ficaram sob minha relatoria. Contando com os 22 de hoje, foram 1.390 processos deliberados. Assim, deixo de presente 42 processos, dos quais, cerca de 37 ainda estão em instrução nas áreas técnicas”, disse.
Já que o governo e o Congresso Nacional ainda não têm consenso em relação às indicações a agências reguladoras, a cadeira vaga será ocupada pelo atual secretário-geral, Daniel Danna.
O nome ficou em segundo lugar na lista tríplice aprovada pela agência. A primeira escolhida foi a diretora-substituta Ludimila Lima, que substituiu Hélvio Guerra, depois de meses de vacância.
O nome de Danna será publicado ainda nesta semana no Diário Oficial e o diretor-substituto deverá participar da reunião da próxima terça (27).
O mandato de ambos têm duração de seis meses ou até que sejam nomeados os titulares dos cargos. A escolha depende de sabatina e aprovação no Senado Federal.
Daniel Danna é servidor concursado da Aneel desde 2007. Em novembro de 2023, assumiu o cargo de secretário-geral, responsável pelas pautas e atas de reunião da diretoria.
É graduado em engenharia elétrica pela Universidade de Brasília (UnB), mestre em administração pública pelo Instituto de Direito Público (IDP) e doutorando em economia pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).