Brasileiros estão mais dispostos a adotar meios de transporte sustentáveis, diz pesquisa

Mais de 55% das vendas e 33% da frota global de veículos será composta por veículos elétricos em 2040. Foto: Creative Commons
Mais de 55% das vendas e 33% da frota global de veículos será composta por veículos elétricos em 2040. Foto: Creative Commons

Uma pesquisa encomendada pelo Instituto Clima e Sociedade (iCS) mostra que 92% dos brasileiros concordam com a eletrificação do transporte público e 33% dos entrevistados consideram consideram muito provável ter um carro elétrico.

O levantamento, divulgado em dezembro do ano passado, faz uma comparação entre as respostas coletadas em 2017 e 2020.

Segundo o iCS, resultados indicam uma maior consciência da população em relação ao uso de motores a combustão, além de disponibilidade para a adoção de meios mais sustentáveis.

Há três anos, o percentual de entrevistados dispostos a adquirir um veículo elétrico era de 16%.

Para 42% dos entrevistados, o ônibus é o principal meio de transporte e apenas 6% usam sistemas de massa sobre trilhos, como trens e metros. A pesquisa teve abrangência nacional.

Em capitais e regiões metropolitanas, o ônibus é o principal meio para 48% a 53% dos pesquisados e a participação do modal é superior a 42% em todas as faixas de renda até 5 salários mínimos.

Gás natural

Cresce a percepção que uso de gás natural no transporte deve aumentar. Por Idea Big Data, para Instituto Clima e Sociedade
Cresce a percepção que uso de gás natural no transporte deve aumentar. Por Idea Big Data, para Instituto Clima e Sociedade

O gás natural aparece como a alternativa preferida dos brasileiras. Entre 2017 e 2020, a parcela de pessoas que acreditam que o uso do gás no transporte deve aumentar saiu de 45% para 51%; e a parcela que defende que deve diminuir caiu de 36% para 21%.

Combustível fóssil, mas tratado no Brasil e em diversas economias no mundo como o combustível necessário para a transição energética, o gás natural supera a percepção positiva do biodiesel e do hidrogênio no quesito de estímulo ao aumento do consumo.

Em geral, a percepção do usuários do transporte público piorou entre 2017 e 2020. Classificações como “péssimo”, “superlotação”, “ruim” e “caos” se tornaram mais prevalentes.

A pesquisa também identificou que A região Sudeste tem a pior avaliação da qualidade do ar pela população e são as pessoas de menor renda – que ficam mais tempo dentro dos ônibus – são os que mais dizem sentir os efeitos da poluição.

A pesquisa foi realizada pela Ideas Big Data, com 2 mil entrevistados, e publicada em dezembro de 2020. Veja os principais resultados (.pdf)