A Petrobras publicou nesta segunda-feira (1/2) aviso de licitação com nova data limite para credenciamento de empresas para manifestarem interesse em participar da nova licitação para arrendamento do Terminal de GNL da Bahia. Poderão participar as empresas pré-qualificadas, respeitando as condições apresentadas na Convocação de Pré-Qualificação de 09 de dezembro de 2019.
O edital de convocação prevê que não poderão participar da concorrência empresas que possuam Grau de Risco de Integridade (GRI) Alto.
A Petrobras decidiu desclassificar a Golar Power Comercializadora da licitação por conta do alto Grau de Risco de Integridade (GRI). A decisão foi tomada depois que o presidente licenciado da empresa no Brasil, Eduardo Antonello, virou alvo da operação Lava Jato por conta de sua atuação na Seadrill, empresa que afreta sondas para perfuração em águas profundas para a Petrobras.
A Golar Power informou que ofereceu R$ 130 milhões pelo arrendamento do Terminal de GNL da Petrobras na Bahia, até 31 de dezembro de 2023. Foi a única empresa que apresentou proposta válida na concorrência.
Eduardo Antonello se afastou do cargo para cuidar da defesa, mas a medida não foi suficiente para que a análise de risco da Petrobras fosse reduzida.
Empresas pré-qualificadas sem a Golar
- Gás Natural do Brasil S.A.
- Companhia de Gás da Bahia (Bahiagás)
- Repsol LNG Holding S.A
- BP Energy do Brasil Ltda.
- Compass Gás e Energia S.A.
- Total Gás & Eletricidade do Brasil Ltda.
- Eneva S.A
- Shell Brasil Petróleo Ltda
- Excelerate Energy L.P
- BG do Brasil Ltda.
No ultimo dia 13, a New Fortress Energy (NFE), com sede em Nova York, fechou acordos para comprar a Hygo Energy (Golar Power), joint venture 50-50 entre a Golar LNG e a Stonepeak Infrastructure Partners, em uma operação de US$ 5 bilhões, que inclui a compra da Golar Partners.
A NFE vai assumir o controle do principal player do mercado brasileiro para infraestrutura e comercialização de gás natural liquefeito (GNL), em projetos integrados com geração de energia (gas-to-power).
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TR-BA tem capacidade para 20 milhões de m³/dia
Iniciado em dezembro de 2019, o arrendamento do Terminal de GNL da Bahia faz parte do acordo firmado com o Cade (o TCC) que prevê a saída da Petrobras de diversos elos do mercado de gás, como transporte e distribuição.
O Terminal da Bahia (TR-BA) pode regaseificar até 20 milhões de m³/dia de GNL. Consiste em um píer tipo ilha equipado para a atracação de um FRSU (Floating Storage and Regasification Unit), que é a unidade flutuante de regaseificação, e um navio supridor do qual é feita a transferência do GNL – o FSRU não faz parte do processo de arrendamento do TR-BA e uma unidade precisará ser afretada pelo novo operador.
O gasoduto integrante do terminal possui 45 km de extensão, o, interligando o TR-BA a dois pontos de entrega: a Estação Redutora de Pressão de São Francisco do Conde (ERP SFC) e a Estação de Controle de Vazão de São Sebastião do Passé (ECV SSP).