Campos da Perenco têm contratos estendidos até 2040

ANP aprova a extensão até 2040 de Carapeba, Pargo e Vermelho, campos da Perenco, em águas rasas da Bacia de Campos

Plataformas geminadas de Pargo 1A e 1B operando
no Polo Nordeste da Bacia de Campos. Foto: Taís Peyneau/ Banco de Imagens Petrobras
Plataformas geminadas de Pargo 1A e 1B operando no Polo Nordeste da Bacia de Campos. Foto: Taís Peyneau/ Banco de Imagens Petrobras

A diretoria da ANP aprovou a extensão até 2040 dos contratos de concessão dos campos de Carapeba, Pargo e Vermelho, operados pela Perenco, em águas rasas da Bacia de Campos. O plano prevê investimentos firmes da ordem de US$ 192 milhões e mais US$ 170 milhões contingentes, que podem fazer os investimentos totais atingirem US$ 362 milhões.

Para 2021, estão previstas 58 ações de recuperação de poços nos campos, envolvendo também intervenções em oleodutos, a recompletação de poços, reparos e aumento de capacidade das bombas centrífugas submersas (BCS) em 2021.

Investimentos firmes e contingentes previstos por campo:

  1. Pargo | R$ 83,9 milhões – R$ 23,9 milhões firmes e R$ 60 milhões contingentes
  2. Carapeba | R$ 159,9 milhões – R$ 87,9 milhões firmes e R$ 72 milhões contingentes
  3. Vermelho | R$ 118.8 milhões – R$ 80,8 milhões firmes e R$ 38 milhões contingentes

O novo planejamento prevê a retomada da produção do campo de Carapeba, interrompida desde março de 2019, com investimentos na recuperação do oleoduto que liga o campo com Pargo. Um novo duto está previsto para 2022.

Também estão previstos investimentos firmes em infraestrutura. A Perenco vai instalar um FSO (terminal offshore para armazenamento de petróleo) em Pargo até 2022. E simplificar as plataformas de Carapeba e Vermelho, reduzindo o tamanho e o número de equipamentos, até 2023, além de substituir e recuperar três oleodutos em Vermelho.

“É muito bom ver que uma proposta como essa pode contribuir para o aumento do fator de recuperação dos reservatórios e para o alongamento da vida útil dos poços, com todos os benefícios que isso venha a trazer”, comentou o diretor-geral da ANP, Rodolfo Saboia.

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Redução dos royalties

A expectativa é que os investimentos ampliem a produção das áreas para algo entre 15 mil barris por dia e 20 mil barris por dia de petróleo.

A diretoria da ANP também aprovou a redução da alíquota dos royalties para os três campos. Estimativas da ANP indicam que os investimentos firmes que serão feitos na revitalização da produção vão gerar acréscimo de R$ 22,9 milhões em royalties no campo de Pargo, entre 2021 e 2027.

Em Vermelho, a estimativa é de acréscimo de R$ 27,6 milhões entre 2023 e 2040.

Os cálculos indicam ainda que a retomada da produção no campo de Carapeba vai gerar mais R$ 113,4 milhões entre 2021 e 2040 em royalties para União, estados e municípios.

“Esses campos sofreram uma cessão de direito, não estavam com a atual operadora e a gente via que estava abaixo do potencial”, comentou Mariana Cavadinha, superintendente adjunta de Desenvolvimento e Produção da ANP, durante a reunião de diretoria do dia 14 de janeiro, quando foram aprovados os novos planos.

A desativação dos campos está estimada em US$ 390 milhões.

Em dezembro,  Leonardo Caldas, diretor da Perenco no Brasil, conversou com a agência epbr no Backstage Rio Oil & Gas 2020.

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Polo Pargo

A Perenco fechou em outubro de 2019 a aquisição dos de 100% dos campos de Pargo, Carapeba e Vermelho, localizados em águas rasas da Bacia de Campos. O negócio foi concluído o pagamento de cerca de US$ 324 milhões para a Petrobras, que se somam aos US$ 74 milhões pagos na assinatura dos contratos.

O campo de Pargo foi descoberto em 1975 e os campos de Carapeba e Vermelho em 1982 tendo sua produção se iniciado em 1988. Essas concessões foram outorgadas à Petrobras em 1998 na chamada Rodada Zero de licitações.

O sistema de produção desses campos é integrado e consiste em sete plataformas do tipo jaqueta fixa.