Presidente da Eletrobras renuncia ao cargo

O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior, durante audiência pública na Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados.
O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior, durante audiência pública na Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados.

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Editada por Gustavo Gaudarde
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Wilson Ferreira Junior pediu demissão do cargo de presidente da Eletrobras, alegando motivos pessoais. O executivo vai deixar a empresa em 5 de março e ainda não há um sucessor indicado, segundo fato relevante publicado neste domingo (24).

— Ferreira Júnior assumiu a posição em 2017, no governo de Michel Temer, com o objetivo de preparar a companhia para o plano de capitalização. Ele é um defensor da privatização da estatal.

— Em nota, a Eletrobras destacou a venda, incorporação e encerramento de cerca de 90 sociedades de propósito específico sob a gestão de Ferreira Júnior.

— “A companhia atingiu lucros históricos, reduziu sua alavancagem a patamares compatíveis com a geração de caixa, reduziu custos operacionais com privatizações de distribuidoras e programas de eficiência, colocou em operação obras atrasadas, simplificou a quantidade de participações acionárias”, diz a nota.

— A renúncia é anunciada dias após analistas no mercado financeiro questionarem a capacidade do governo de avançar com o projeto de privatização no Congresso Nacional. Na quinta (21), as ações da Eletrobras caíram entre 5,15% e 6,15% depois de Rodrigo Pacheco (DEM/MG) minimizar a importância do plano de capitalização.

— Pacheco é o candidato apoiado por Bolsonaro para a presidência do Senado Federal, com boas chances de suceder a Davi Alcolumbre (DEM/AP). O Senado tem sido, desde o governo Temer, o principal foco de resistência à venda da empresa.

— O mercado financeiro vê com incerteza a capacidade do governo privatizar a Eletrobras. Analistas ouvidos Estadão citam questões como o enfraquecimento da base do governo federal no Congresso Nacional e o fato de a estatal ter dado resultados positivos nos últimos anos como fatores que podem atrapalhar os planos do governo.

EUA e China derrubam petróleo. Os contratos futuros do petróleo fecharam em queda na sexta (22), mas voltam a registrar ganhos na abertura esta semana.

— Alta maior do que o esperado em estoques americanos, na semana passada, e a resposta da China aos novos focos de covid-19 no país, com fechamento e interrupção de atividades para conter o vírus, provocam incertezas sobre a demanda no curto prazo.

— O Brent para março fechou em queda de 1,22%, a US$ 55,41 o barril, enquanto o WTI recuou 1,61%, a US$ 52,27 o barril, apagando os ganhos no cumulado da semana e encerrando o período em leve queda de 0,17%. A commodity registra ganhos moderados hoje.

—  De acordo com os dados divulgados pelo Departamento de Energia dos EUA (DoE, sigla em inglês), os estoques de petróleo nos EUA subiram 4,352 milhões de barris na semana passada, contrariando a expectativa de consenso, em levantamento do “Wall Street Journal”, de queda de 1,3 milhão de barris.

— Também de acordo com os dados oficiais do DoE, os estoques de gasolina recuaram 259 mil barris na semana passada, a 245,217 milhões de barris, ante expectativa de alta de 2,1 milhões de barris no período. G1, com Valor

Óleo da Venezuela na China. Milhões de barris de petróleo venezuelano embargados pelos EUA têm chegado discretamente à China. Nesse jogo de gato e rato, o petróleo é transferido de navio para navio, com envolvimento de empresas de fachada e sinais de satélite silenciados.

— Outra estratégia envolve “dopar” o petróleo com aditivos químicos e mudar sua descrição na documentação para que possa ser vendido como um produto totalmente diferente, sem vestígio das raízes venezuelanas.

— Faturas e e-mails lidos pela Bloomberg mostram estratégias de comerciantes para disfarçar a origem do petróleo e levá-lo para a Ásia, de modo que as refinarias chinesas representam uma tábua de salvação para o combalido setor petrolífero da Venezuela.

— Autoridades dos EUA não podem proibir empresas chinesas ou internacionais de comprar petróleo venezuelano, mas podem pressioná-las financeiramente ao impedir que façam qualquer negócio com companhias americanas. Por isso, medidas complexas são tomadas para disfarçar a origem do petróleo. Money Times, com Bloomberg

Greve dos caminhoneiros O governo anunciou medidas para tentar evitar a greve dos caminhoneiros, prevista para 1º de fevereiro, apesar de o movimento ser encabeçado por uma entidade pouco representativa dentre os profissionais e não ter tido grande adesão até o momento.

— A principal medida é a inclusão dos caminhoneiros no grupo que terá prioridade na vacinação contra a covid-19, junto com profissionais de saúde e indígenas, por exemplo, e outros trabalhadores de setores essenciais. Outras foram a redução de impostos para pneu e redução da burocracia, com a criação de um documento digital.

— Nenhuma das medidas mexe com preço dos combustíveis, uma das principais reivindicações dos caminhoneiros, que pedem a revisão da política de paridade internacional (PPI) da Petrobras. UOL

Workshop sobre o mercado de gás A ANP realizará, no dia 10 de fevereiro, às 14h, o 2º Workshop sobre o Modelo Conceitual do Mercado de Gás. O evento será virtual, pela plataforma Teams, e também será transmitido pelo canal da ANP no YouTube.

— O workshop contará também com a participação de representantes da Associação de Empresas de Transporte de Gás Natural por Gasoduto (ATGás), da Bocconi School of Management, do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) e do Fórum das Associações Empresariais Pró-Desenvolvimento do Mercado de Gás Natural (Fórum do Gás).

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