Mudança na governança da Eletrobras

Acionistas da Eletrobras aprovam nova regra de desempate no âmbito do Conselho de Administração

Decisão aprovada em assembleia prioriza votos de conselheiros independentes em caso de empate e reduz participação mínima do grupo de 60% para 50%

Sede da Eletrobras (Foto Fernando Frazão/Agência Brasil)
Sede da Eletrobras (Foto Fernando Frazão/Agência Brasil)

Os acionistas da Eletrobras, reunidos em assembleia realizada na tarde desta terça-feira (29/4) aprovaram a alteração no critério de desempate de matérias deliberadas no Conselho de Administração.

Com isso, o primeiro critério de desempate passa a ser o predomínio da manifestação de vontade do grupo de conselheiros que contemplem o maior número de membros independentes. O voto de Minerva do presidente do conselho passa a ser, então, apenas um segundo critério de desempate.

A empresa justificou, em proposta de administração, que a mudança tem como objetivo “resguardar as premissas da desestatização da Eletrobras e do modelo Corporation”.

A mudança foi alvo de críticas do conselheiro e advogado Marcelo Gasparino, que chegou a enviar uma consulta à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) questionando as regras propostas. Para Gasparino, em documento encaminhado à autarquia, a alteração garantiria que somente aqueles candidatos que foram ungidos pelo Conselho de Administração teriam poderes para fazer prevalecer suas posições.

Os acionistas da Eletrobras também aprovaram na AGE desta terça-feira (29) a redução do número mínimo de membros independentes para cinco, correspondente a 50%. Até agora, o número mínimo era de seis, equivalente a 60%.

Segundo a administração, o novo patamar mantém enquadrado nas orientações e melhores práticas de governança e se adequa “com mais razoabilidade às necessidades da companhia à luz dos critérios mais rigorosos sobre independência”.

Inscreva-se em nossas newsletters

Fique bem-informado sobre energia todos os dias