Crítico de Bolsonaro vai liderar relações com América Latina em conselho de Biden

Vice President Joe Biden gives remarks at the U.S. - China Climate Leaders Summit, held at the JW Marriott hotel, in Los Angeles, California, Sept. 16, 2015. Also in attendance is Mayor Eric Garcetti of Los Angeles. (Official White House Photo by David Lienemann)
Vice President Joe Biden gives remarks at the U.S. - China Climate Leaders Summit, held at the JW Marriott hotel, in Los Angeles, California, Sept. 16, 2015. Also in attendance is Mayor Eric Garcetti of Los Angeles. (Official White House Photo by David Lienemann)

O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou que vai nomear Juan S. Gonzalez diretor para América Latina no Conselho de Segurança Nacional. Ex-secretário adjunto de Estado do governo de Barack Obama, Gonzalez é crítico do governo de Jair Bolsonaro e defende mudança nas relações dos EUA com os vizinhos latinos no continente.

‎”Qualquer pessoa, no Brasil ou em outros lugares, que pense que poderá avançar uma relação ambiciosa com os Estados Unidos ignorando questões importantes como mudanças climáticas, democracia e direitos humanos claramente não tem ouvido Joe Biden durante a campanha”, afirmou em outubro.‎

Gonzalez vai ocupar o cargo de diretor sênior do Hemisfério Ocidental no Conselho. O posto tem a responsabilidade de coordenar as relações dos Estados Unidos com os vizinhos do continente no âmbito da segurança.

Juan S. Gonzalez é colombiano, radicado em Nova York e fez carreira na administração pública americana, com posições em gabinetes da Casa Branca e ligados diretamente a Biden, quando vice-presidente de Obama.

Em artigo também do ano passado, ele afirmou que a relação entre Brasil e Estados Unidos tem grande potencial desde que os interlocutores saibam que agendas climáticas e econômicas andarão de mãos dadas no governo Biden.

O democrata ganhou as eleições com grandes planos em políticas climáticas e para descarbonização da economia dos EUA, incluindo um plano de US$ 2 trilhões para um pacote de transição e recuperação em bases mais sustentáveis pós-pandemia.

Se mantiver as promessas, a questão climática terá um peso nas negociações bilaterais e acordos comerciais.

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