BRASÍLIA — A Controladoria-Geral da União (CGU) concluiu a cessão do corregedor-geral Ricardo Wagner de Araújo para assumir a diretoria executiva de Governança e Conformidade da Petrobras. Araújo é auditor federal de finanças e controle e foi eleito pelo conselho da companhia na semana passada.
O cargo tem mandato de dois anos e a escolha é feita pelos conselheiros, com participação dos representantes não governamentais, a partir de uma lista tríplice. Araújo ficará à frente da diretoria até abril de 2027.
Auditor fiscal da CGU desde 2006, atuou como corregedor setorial das áreas de Minas e Energia; Indústria e Comércio; Relações Exteriores e Turismo.
É graduado em administração e direito, com especializações em economia, compliance, direito internacional e anti-corrupção. No currículo, tem certificações na George Washington University, na International Anti-Corruption Academy e na the Hague Academy of International Law.
Araújo assume a vaga deixada por Mário Spinelli, que ocupava a função desde junho de 2023. Antes de ocupar a diretoria, Spinelli foi ouvidor-geral da estatal entre 2016 e 2021.
Diretoria de compliance
A diretoria que passa a ser chefiada por Ricardo Araújo é responsável pelos mecanismos anti-corrupção, incluindo a prevenção e detecção de desvios de conduta e atos lesivos contra a companhia. Isso inclui, além de atos de corrupção, a lavagem de dinheiro, sanções comerciais, conflitos de interesse e violação à defesa da concorrência.
É responsável pelo código de ética de trabalhadores e fornecedores, por estabelecer diretrizes de compliance concorrencial e código de boas práticas.
Atua perante órgãos fiscalizadores como a CGU, o Tribunal de Contas da União (TCU), a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A atuação também inclui organismos internacionais, como o Departamento de Justiça dos Estados Unidos e a Securities and Exchange Commission (o equivalente norte-americano à CVM brasileira).