Estatais

CGU autoriza cessão e corregedor assume diretoria de compliance da Petrobras

Ricardo Wagner de Araújo é auditor da CGU, com experiência na corregedoria da área de Minas e Energia

Fachada da sede da Petrobras (Edise), no Rio de Janeiro; iluminação do prédio em verde e amarelo (Foto Flávio Emanuel/Agência Petrobras)
Fachada do edifício sede da Petrobras (Edise), na avenida Chile, no centro do Rio de Janeiro (Foto Flávio Emanuel/Agência Petrobras)

BRASÍLIA — A Controladoria-Geral da União (CGU) concluiu a cessão do corregedor-geral Ricardo Wagner de Araújo para assumir a diretoria executiva de Governança e Conformidade da Petrobras. Araújo é auditor federal de finanças e controle e foi eleito pelo conselho da companhia na semana passada.

O cargo tem mandato de dois anos e a escolha é feita pelos conselheiros, com participação dos representantes não governamentais, a partir de uma lista tríplice. Araújo ficará à frente da diretoria até abril de 2027.

Auditor fiscal da CGU desde 2006, atuou como corregedor setorial das áreas de Minas e Energia; Indústria e Comércio; Relações Exteriores e Turismo.

É graduado em administração e direito, com especializações em economia, compliance, direito internacional e anti-corrupção. No currículo, tem certificações na George Washington University, na International Anti-Corruption Academy e na the Hague Academy of International Law.

Araújo assume a vaga deixada por Mário Spinelli, que ocupava a função desde junho de 2023. Antes de ocupar a diretoria, Spinelli foi ouvidor-geral da estatal entre 2016 e 2021.

Diretoria de compliance

A diretoria que passa a ser chefiada por Ricardo Araújo é responsável pelos mecanismos anti-corrupção, incluindo a prevenção e detecção de desvios de conduta e atos lesivos contra a companhia. Isso inclui, além de atos de corrupção, a lavagem de dinheiro, sanções comerciais, conflitos de interesse e violação à defesa da concorrência.

É responsável pelo código de ética de trabalhadores e fornecedores, por estabelecer diretrizes de compliance concorrencial e código de boas práticas.

Atua perante órgãos fiscalizadores como a CGU, o Tribunal de Contas da União (TCU), a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A atuação também inclui organismos internacionais, como o Departamento de Justiça dos Estados Unidos e a Securities and Exchange Commission (o equivalente norte-americano à CVM brasileira).

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